PGR diz que, “no mínimo”, houve omissão do Governo do DF para conter ataques às sedes dos três Poderes

A Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou, nesta terça-feira (10) que, “no mínimo”, houve omissão por parte do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e de seus comandados na segurança pública para conter a invasão dos bolsonaristas radicais às sedes dos três Poderes, em Brasília.

Para a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, há indícios de que Ibaneis Rocha liberou o acesso dos golpistas à Esplanada dos Ministérios no domingo (8), mesmo ciente do “iminente risco e tendo o dever de adotar providências para evitar os fatos”.

Em ofício encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR defendeu que agentes públicos deverão responder pela “aparente” omissão. Isso porque, de acordo Lindôra, os agentes permitiram que terroristas golpistas invadissem e vandalizassem os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além do governador, a vice-PGR elencou auxiliares de Ibaneis Rocha por “aparente omissão, supostamente dolosa”. São eles:

– Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF

– Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário de Segurança Pública interino do DF

– Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal

Prisões decretadas

Também nesta terça, Torres e Augusto Vieira tiveram as prisões determinadas nesta terça pelo ministro Alexandre de Moraes.

“Está-se, portanto, diante de situação excepcional, não apenas pela quantidade enorme de custodiados e de provas que serão coletadas a partir das respectivas prisões em flagrante, mas também porque há indícios graves do possível envolvimento do governador do Distrito Federal e de seus secretários (titular e interino), bem assim do Comandante Geral da Polícia Militar, em verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito”, escreveu Lindôra.

* Com informações do Portal G1