PGR diz que governo Witzel loteou vagas na saúde em troca de apoio na Alerj

A delação premiada do ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, está trazendo a tona mais manobras do grupo do governo Wilson Witzel. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR),  o governo loteou cerca de 1.800 cargos em hospitais e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) em troca de apoio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

O pedido foi feito por Everaldo em 2019 e as vagas deveriam ser disponibilizadas a Cleiton Rodrigues-então secretário de Governo, para que fossem negociadas com “deputados da base do governo na Alerj, facilitando a aprovação de projetos”, conforme reportagem do UOL.

Edmar afirmou que “chegou à conclusão que 10% dos cargos em UPAs e hospitais podiam ser oferecidos, uma vez que esse percentual não prejudicaria o funcionamento das unidades”. Ainda segundo ele, “as vagas oferecidas eram essencialmente de cargos básicos, de baixa escolaridade, como porteiro, auxiliar de limpeza, segurança, ou de nível médio como técnico de enfermagem, técnico de radiologia”.

Uma planilha com cerca de 1.800 postos de emprego para servirem como moeda de troca com os parlamentares chegou a ser elaborada.
De acordo com  o delataor, vagas chegaram a ser ocupadas em unidades comandadas por ao menos duas Organizações Sociais (OS). Em um segundo momento, essa articulação foi transferida para André Moura, que havia assumido a Secretaria da Casa Civil, e para o deputado estadual Marcio Pacheco (PSC-RJ), então líder do governo Witzel na Alerj, disse Edmar.

*Com informações do A Tarde