PGR defende manutenção de inquérito contra Bolsonaro no caso do ataque hacker ao TSE

O procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendou a manutenção do inquérito aberto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) para apurar a suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da Polícia Federal (PF) a respeito de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a defesa do liberal havia pedido, no ano passado, uma reconsideração da abertura do inquérito. 

Aras, então, sugeriu que o pedido fosse rejeitado. A recomendação  foi aceita pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parecer do PGR foi apresentado em 13 de outubro, mas estava em sigilo.

Na petição enviada a Moraes, Aras justificou as razões por ter defendido a manutenção da investigação. Ele escreveu:  

“Há nos autos indícios de que foram reveladas informações relacionadas ao conteúdo do inquérito policial 1361/2018-SR/PF/DF, o qual, segundo a notícia-crime apresentada pelo Tribunal Superior Eleitoral, tramitava em sigilo. Além disso, os elementos colhidos demonstram a existência de anotações do selo de sigilo naquele procedimento, o que justifica a necessidade da manutenção da investigação, inclusive para se chegar à alegada atipicidade”.