Para se manter no poder, Centrão se divide entre Lula e Bolsonaro
O que torna o Centrão cobiçado é a capacidade de garantir apoio e aprovação no Congresso de projetos de interesse do governo federal, e até de blindar contra possíveis processos de impeachment
Os partidos PL, PP, Republicanos, PSC e PTB (Centrão) somam cerca de um terço de apoio na Câmara dos Deputados, onde Bolsonaro encontra um ambiente mais favorável. No Senado, o cenário é outro. Boa parte das figuras antigas que eram aliadas de Lula e que hoje estão na Casa representam uma resistência ao presidente – movimento que ficou ainda mais evidente com o jantar entre Lula e senadores do MDB, em Brasília, na última segunda-feira (11).
O que torna o Centrão cobiçado é a capacidade de garantir apoio e aprovação no Congresso de projetos de interesse do governo federal, e até de blindar contra possíveis processos de impeachment. Para os partidos desse bloco, os ganhos são representados pelo acesso a cargos no governo e a recursos públicos. Mas, apesar do objetivo comum, o Centrão não se move como um único bloco. Integrantes do grupo, inclusive, se dividem entre Bolsonaro e Lula.
O partido, ainda com o nome PMDB, foi um dos principais pilares da base dos governos petistas e teve Michel Temer como vice-presidente nas chapas vitoriosas de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014.
O impeachment de Dilma, no entanto, afastou o partido do PT. Mas figuras como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE) são alguns dos emedebistas que se reaproximaram e já declaram apoio a Lula. Na Bahia, Geraldo Júnior (MDB) se lançou pré-candidato a vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT), reatando antigos laços.
Ainda que com legendas e nomes diferentes, os partidos representam os mesmos grupos comandados por algumas das figuras da “velha política” de duas décadas atrás ? que seguem influentes, a despeito de denúncias e condenações na Justiça.
No governo Lula, a opção inicial era não depender do PMDB, como lembra Cortez. Por isso, dentro do campo da centro-direita, o PT se associou a legendas menores e a nomes como Jefferson e Costa Neto. “Essa opção gerou dificuldades de governabilidade”, diz o cientista político.
“Se a gente olhar os nomes, grande parte se repete: Roberto Jefferson rompe com o PT, dando origem ao mensalão, e hoje é apoiador do Bolsonaro. Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira, Arthur Lira hoje são apoiadores de Bolsonaro”, afirmou o cientista político Rafael Cortez.
Em termos de adesão partidária, a principal diferença do “Centrão de Lula” para o de Bolsonaro é a participação do MDB. Nos mandatos do PT, o partido era o mais influente do país e dono da maior bancada.
Hoje, a base emedebista, que desidratou nas últimas eleições, discute com União Brasil, PSDB e Cidadania a possibilidade de lançar uma chapa única para a Presidência. Ao mesmo tempo, existe a ala ligada a Renan Calheiros que é próxima de Lula.
*Com informações da CCN Brasil
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