Para Otto Alencar, aprovação da PEC no Senado só ocorreu para garantir o auxílio emergencial 

O Senado aprovou, na quinta-feira (4), a PEC Emergencial, proposta de alteração da Constituição que cria mecanismos para conter gastos públicos e é um primeiro passo para a volta do auxílio emergencial. De acordo com o senador Otto Alencar (PSD), antes da aprovação, muita coisa foi tirada do documento, resultando no valor de R$ 44 bilhões destinados ao benefício. 

“A PEC Emergencial estava tramitando há muito tempo no Senado, desde o ano passado, com essa questão do auxílio emergencial [vinculada a ela]. Tirou muita coisa, deu uma afinada boa nas maldades que queriam fazer. Aí como existe uma necessidade de urgência para socorrer famílias mais pobres, nós tivemos que aprovar os R$ 44 bi”, afirma.  

De acordo com o senador, as consequências da PEC Emergencial não são imediatas e ainda vai demorar para que faça algum efeito na economia. Ele também alertou para a dívida do país.

“O Brasil era a oitava economia, quando eles assumiram [gestão de Bolsonaro] passou para 12º. A dívida bruta do país está em 89,1%. Para se ter uma ideia do que é isso em dinheiro, são R$ 6,6 trilhões. A situação da economia é bem complicada. Eles não entenderam ainda que a Previdência se resolve com a diminuição de desempregados”, disse.