Otto Alencar diz que relatório da CPI vem “pesado” em cima de Bolsonaro

Instalada em 27 de abril deste ano, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, está na sua reta final. Na última quinta-feira (30), o presidente da CPI no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que, na ausência de “fatos novos”, o colegiado votará seu relatório final, sob responsabilidade do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), no próximo dia 20 de outubro. O prazo de funcionamento é até 5 de novembro.

Representante baiano na CPI, o senador Otto Alencar (PSD) disse ao Portal M! que o relatório terá provas contundentes contra “todos os negacionistas”.

“Não há como a Procuradoria Geral da República não analisar com cuidado e denunciá-los ao Ministério Público. Tem provas demais e uma série de coisas que aconteceram”, ressaltou.
Otto disse ainda que tem recebido ameaças de mortes, por conta da pressão exercida da Comissão sobre os investigados.

“Até hoje recebo ameaça de morte. Números de telefone sem identificação, fake news, mas isso não intimida. Quem está na luta há muito tempo não se desespera com nada. Bolsonaro está muito incomodado, tanto é que ele encomendou um parecer de uns juristas para dizer que ele não está envolvido, está se protegendo e sabe que cometeu crime”, afirmou.

O senador ressaltou ainda os tipos sanções que o presidente Jair Bolsonaro pode receber, a partir do relatório final da CPI.

“Prevaricação é o principal, crime sanitário, previsto no artigo 268 do Código Penal, uma série de situações que ele vai ter que responder por atos de omissão e por não ter comprado a vacina. O relatório de Renan vem pesado em cima dele e de todos os negacionistas”, pontuou.

“Se fosse nos Estados Unidos, já estavam todos presos”, finalizou.