“O silêncio do José Ronaldo é um grito muito forte de apoio a mim”, diz prefeito de Feira
Candidato à reeleição pelo MDB, Colbert, que tem o apoio de 11 partidos, diz que seu principal adversário, Zé Neto, do PT, “continua com uma candidatura muito boa para presidente de grêmios, grêmio estudantil, menos para a prefeitura de Feira”
O excesso de trabalho para gerir a cidade e conter a pandemia do novo coronavírus em Feira de Santana tem deixado o prefeito Colbert Martins Filho sem tempo para fazer política. Candidato à reeleição pelo MDB, Colbert, que tem o apoio de 11 partidos, diz estar falhando nessa ação. “O meu tempo está todo focado nessas questões do coronavírus”. Questionado se o silêncio do ex-prefeito José Ronaldo preocupava e se ele seria o candidato do grupo, Colbert disparou: “Para mim, o silêncio do José Ronaldo é um grito muito forte de apoio a mim”. Já sobre seu principal adversário, o deputado federal Zé Neto, do PT, ele diz que o petista bate bumbo para chamar atenção para a própria candidatura. “Mas, entenda que Zé Neto ainda continua com uma candidatura muito boa para presidente de grêmios, grêmio estudantil, menos para a prefeitura de Feira”, ironizou o prefeito, durante essa entrevista exclusiva dada ao Caderno Municípios do jornal A Tarde desta quinta. Confira:
Prefeito, o senhor abriu e fechou o comércio algumas vezes, endureceu a fiscalização em vários bairros de Feira. Em que pé está o combate à pandemia na cidade?
Eu acredito que o resultado dessa estratégia é uma queda no número de casos registrados nas três últimas semanas. As semanas mais difíceis que nós tivemos aqui foram as semanas de junho, no qual a pressão com relação a serviços médicos foi extremamente forte. Nesse momento, agora, nós temos uma relativa oferta de leitos de UTI bem maior. É importante dizer também que, nessas etapas de abertura de atividades econômicas e fechamento, as subidas e descidas funcionaram independentemente de termos atividades maiores abertas ou não e a quantidade de pessoas em isolamento social em Feira de Santana, hoje 45,6%, oscilou muito pouco, independentemente das atividades comerciais ou serviços estarem abertos ou fechados.
E como está a campanha do senhor à reeleição? Como estão as articulações?
Nós reunimos um grupo bom de partidos. Temos 11 partidos participando conosco, mas eu quero te confessar que eu estou falhando nessa ação política, O meu tempo está todo focado nessas questões do coronavírus e em outras ações relacionadas ao pagamento de pessoal, manutenção da folha completamente sem atrasos e pagamento de contratos. Estamos fazendo reuniões, acabei de fazer agora uma reunião bem rápida com alguns presidentes de partidos, mas eu preciso, de alguma forma, me voltar mais para isso, porque, afinal de contas, daqui a quatro meses nós vamos ter eleições. Nós estamos num país onde não vai ter comunicação pessoal, onde não vai ter visita, apertar a mão de pessoas ou buscar proximidade será praticamente impossível, ou seja, eu acho que até vai ser rejeitado. Então estou enfrentando pela primeira vez um desafio político totalmente novo, para mim extremamente estranho, num momento de dificuldades, acabamos de falar agora das dificuldades de ordem econômica. Essa epidemia não acaba, ela vai diminuir, sim, os números de hoje vão cair bastante, vão ficar realmente muito próximos de zero, mas com as circunstâncias que nós temos, ainda vai ser algo que vai nos acompanhar por algum tempo. Portanto, a eleição desse ano será uma eleição completamente atípica, muitas pessoas com pouca disposição de participar da eleição e enfrentar, as pessoas de maior idade dificilmente irão, então nós vamos ter uma relação eleitoral com representatividade da democracia que eu acho que vai deixar muito a desejar.
O silêncio do ex-prefeito José Ronaldo preocupa? O senhor vai ser o candidato do grupo?
Para mim, o silêncio do José Ronaldo é um grito muito forte de apoio a mim. Eu acho que isso vai acontecer na hora que ele se dispuser a fazê-lo. Eu sou muito leal ao governo, sou muito leal a ele e eu tenho certeza da sua lealdade. Então eu acho que o silêncio do José Ronaldo é um grito muito forte de apoio a nosso grupo, que continua trabalhando em Feira de Santana.
Prefeito, existe a possibilidade de ter outras candidaturas na base ou o senhor vai ser o candidato único? Lembrando que tem a deputada Dayanne Pimentel, o deputado José de Arimateia…
Nós temos tentado, nós estamos abertos a todos esses níveis de organização que possam estar conosco. De qualquer forma, entendemos que, se por acaso, houver outras candidaturas, numa perspectiva como essa, como a situação está se encaminhando nesse momento, vamos saber poder conviver também. Vivemos o maior leque de alianças possível aqui na nossa cidade. O importante que nós entendemos é manter o nosso grupo à frente da prefeitura, porque nós temos muitas obras a apresentar, temos muita coisa a entregar, sob o ponto de vista público, com ação em toda a cidade, com ação em todos os distritos, com ações efetivas que vêm desde o início do governo José Ronaldo. Então nós temos muito o que apresentar às pessoas, para que nós nos submetamos ao seu julgamento e esperamos que elas, entendendo isso como uma parte forte de investimento e inovação na cidade, nós possamos, de alguma forma, continuar essa representação.
O deputado federal Zé Neto é candidato de novo e insiste na tese que essa eleição está mais favorável para ele. Como o senhor avalia?
Bem, eu acho que ele está se enganando redondamente. Eu acho que Zé Neto é candidato mais uma vez, mas eu entendo que ele representa exatamente aquele nível que Zé Neto sempre representou de um grupo da nossa cidade. Não vejo por que ele consiga ter uma ideia de que é mais fácil do que antes. Ao contrário, eu acho que nesse momento agora, nós encontramos um grupo muito mais coeso, muito mais organizado e com muito maior quantidade de serviços prestados durante esse período. Então eu acho que o que o deputado Zé Neto faz é exatamente bater o bumbo para poder chamar atenção para sua candidatura. Mas entenda que Zé Neto ainda continua com uma candidatura muito boa para presidente de grêmios, grêmio estudantil, menos para a prefeitura de Feira.
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