“Nunca me ensinaram a bater”, diz major Denice sobre agressões de PMs

A pré-candidata à prefeitura de Salvador pelo PT, major Denice Santiago, utilizou as redes sociais na manhã desta sexta-feira (6) para criticar o método utilizado por alguns policiais militares durante as suas abordagens. Denice é a escolha do governador Rui Costa e pelo senador Jaques Wagner para as eleições deste ano.

“Não sei o que leva uma pessoa a usar a violência como método de resolução de conflitos ou de comunicação social”, escreveu a major em uma postagem no Instagram dela. 

“Em todos os cursos que fiz na corporação nunca me ensinaram a bater como técnica policial, nunca. E se ensinassem não o faria pois é controverso cuidar e agredir, proteger e punir, abusar e servir…”, afirma na postagem.

Leia a legenda na íntegra: 

Em todos os cursos que fiz na corporação NUNCA me ensinaram a bater como técnica policial, NUNCA. E se ensinassem não o faria pois é controverso cuidar e agredir, proteger e punir, abusar e servir…

Não sei o que leva nenhuma pessoa a usar à violência como metodo de resolução de conflitos ou de comunicação social. Mas sei que desde que me lembro de mim, luto contra tudo isto! Escrevi de forma desafiadora sobre o processo de formação policial e a possível influência do discurso do professor/instrutor na formação ao reproduzir representações sociais que podem levar policiais militares (que tem no instrutor seu mediador vygotskiano), reproduzirem uma forma de agir que nos acompanha a tantos anos…

Esta é a solução? Talvez uma delas. Mas ao menos temos uma certeza: precisamos pensar mais sobre isto e mudar, definitivamente.

Em todas as profissões há os bons e maus profissionais; há isto na medicina, advocacia, educação, limpeza urbana, engenharia… Dentre os que agem mal na sua atuação, há aqueles que foram mal formados, capacitados e instruidos e agem de forma errada: a estes devemos re-educar, re-capacitar, re-instruir, re-construir.

Há tambem os que são maus e agem por questões de caráter: estes devemos expurgar das profissões.
E ainda há aqueles que agem de forma errada porque estão adoecidos mental, cultural e socialmente. A estes precisamos de uma atenção maior e um cuidado muito mais qualificado.

Aos bons profissionais, a maioria avassaladora que compõem as profissões, devemos louvar e fortalecer para que estes sim sirvam de exemplo a todos que estão e que virão.
Não como continuar assim…