“Nacionalmente, o PT não teve coragem de assumir a reforma da Previdência”, dispara ACM Neto

O prefeito de Salvador, ACM Neto, cobrou coerência do PT pelo fato do partido ter sido contrário à reforma da Previdência nacional, aprovada no ano passado e promulgada como Emenda Constitucional 103/2012, e apresentar  uma reforma ao sistema previdenciário dos servidores estaduais. “De fato, fazer a reforma é algo inevitável e inescápavel. Não há outro caminho.”, declarou ACM Neto, que defende a necessidade das mudanças nas três esferas de governo. Na sua avaliação, tanto a Bahia como Salvador precisam alterar seu sistema previdenciário

“Mas uma coisa a gente não pode deixar de chamar atenção, de evidenciar, que é exatamente a contradição do PT, que nacionalmente não teve coragem de assumir a reforma”, assinalou ACM Neto, durante participação em evento sobre as tratativas iniciais para elaboração do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima em Salvador, parte integrante da Estratégia de Resiliência lançada pela Prefeitura em março de 2019. 

No Estado, a Proposta de Emenda à Constituição 158 foi enviada à Assembleia Legislativa em 18 de dezembro. Polêmica, essa PEC foi retirada da pauta da convocação extraordinária na terça-feira (14) e substituída pela PEC 159, publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial do Legislativo Estadual, com mudanças dialogadas com sindicatos.

Agora à tarde, a bancada do governo tenta costurar acordo para a aprovação do regime de prioridade da segunda proposta, mas a sessão foi suspensa às 15h. A expectativa é que os trabalhos sejam retomados às 19h. Segundo ACM Neto, o posicionamento do grupo político do gestor sobre os termos da reforma estadual – como afeta cada categoria – será definido pelos deputados aliados.

Quanto ao município, o chefe do executivo informou que até o final deste mês vai fechar o texto a ser enviado ao Legislativo Municipal, que vem sendo elaborado pelo secretário de Gestão, Tiago Dantas. A partir da volta dos trabalhos legislativos, encaminhamento, conteúdo e tramitação serão alinhavados. “Eu não vou fazer uma coisa atropelada, para pegar ninguém de surpresa. Nós vamos encaminhar uma reforma e discutir tanto com os servidores, como principalmente com o legislativo os termos dessa reforma, dando transparência e conhecimento amplo à sociedade”.