Mourão diz que pedidos de fechamento do STF em protestos são ‘liberdade de expressão’

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) disse nesta segunda-feira (2) que os pedidos de fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e da volta da ditadura militar nos protestos pró-Bolsonaro são formas de “liberdade de expressão”. O general foi questionado pela imprensa ao chegar no Palácio do Alvorada sobre os pedidos inconstitucionais dos manifestantes.

A fala do general se refere aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocuparam as ruas de várias capitais brasileiras em defesa da liberdade de expressão, neste domingo (1º) – Dia dos Trabalhadores. Os atos foram uma espécie de desagravo ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques às instituições e aos ministros da Suprema Corte.

Mourão pontuou que as reivindicações não passam de “liberdade de expressão”, no entanto se revelam como uma ameaça, uma vez que a “imensa maioria” da população não quer. “Isso é liberdade de expressão. Tem gente que quer isso, mas a imensa maioria do povo não quer. Normal”, defendeu o vice-presidente.

Durante os protestos, em Brasília, o presidente Bolsonaro foi a uma manifestação organizada por apoiadores e caminhou entre os simpatizantes. No movimento havia pessoas que, com cartazes, atacaram o Supremo e pediram a intervenção militar no país. Bolsonaro ficou cerca de 10 minutos no ato e não discursou.

Ainda no domingo, um vídeo de Bolsonaro foi exibido durante uma manifestação de simpatizantes do governo, na avenida Paulista, em São Paulo. Na gravação, o presidente disse que deve “lealdade” aos apoiadores.

*Com informações da Jovem Pan e G1.