Ministro do STF diz que urnas eletrônicas têm se mostrado imunes a fraudes

Prestes a assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no próximo dia 19 de maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso destacou a confiança no sistema de apuração de votos no país.

De acordo com ele, em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, que vai ao ar neste domingo (15), o Brasil tem o melhor sistema de apuração eleitoral do mundo.

“Nós temos 148 milhões de eleitores, nós somos a 4ª maior democracia de massas do mundo e no final do dia da eleições, o TSE já costuma ser capaz de divulgar o resultado. Essa é uma realização extraordinária que se obteve com o aperfeiçoamento do sistema de urnas eletrônicas, que funciona muito bem e tem se revelado imune a fraudes”, afirmou o ministro.

Para tranquilizar a população e dar garantia ao eleitor de que ao digitar o número na urna o voto vai para o candidato desejado, o ministro fez comparações com outros sistemas eletrônicos. 

“É a mesma certeza que você tem como quando faz uma operação bancária de milhões de reais pela internet ou quando você manda sua declaração do imposto de renda. São sistemas que se tornaram altamente sofisticados e altamente confiáveis”, salientou o magistrado.

O próximo presidente do TSE avaliou que a volta do voto impresso seria um retrocesso. “É mais ou menos como se abrir uma locadora de vídeo-cassete, você voltar ao voto impresso a essa altura”, argumentou Barroso.

Na conversa com o jornalista Fernando Rodrigues, o integrante do STF analisou erros e acertos da maior corte do país. Ele ressaltou que magistrados não podem fazer manifestações políticas e devem manter isenção partidária. 

“Eu estava brincando outro dia, um juiz tem que ser de centro. Juiz não é nem de esquerda nem de direita. O Brasil é uma República, portanto você edita regras iguais para todo mundo”, disse.

Ainda de acordo com ele, é preciso promover o sentido igualitário de justiça e acabar com a cultura de compadrio no país. 

“O Brasil é um país, um tanto por conta dessa herança escravocrata, aristocrática, em que há pessoas que se consideram acima da lei e outras que são tratadas como abaixo da lei. Umas são imunes de tão ricas e outras invisíveis de tão pobres”, lamentou.