Ministro do Meio Ambiente é investigado por aumento milionário em patrimônio

Alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), que envolvem suspeitas sobre movimentação financeira do escritório de advocacia do qual é sócio, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, enfrenta na Justiça de São Paulo uma investigação sobre crescimento de seu patrimônio em R$ 7,4 milhões.

O Ministério Público paulista aguarda informações bancárias de todos os envolvidos para dar andamento à apuração que busca esclarecer indícios de enriquecimento ilícito de Salles. Por determinação judicial, o ministro, a mãe dele, Diva Carvalho de Aquino, e o escritório de advocacia tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados.

Já a Polícia Federal apontou operações financeiras suspeitas de Salles, a partir do mesmo escritório desde ocupou o cargo de ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

Em nota à Folha de São Paulo, a assessoria de imprensa de Salles rebateu as suspeitas de irregularidades na conduta do ministro e na contabilidade pessoal e de seu escritório.

“A evolução patrimonial e seus honorários foram declarados pelo próprio ministro em seu Imposto de Renda, não havendo nenhuma irregularidade”, afirmou.

A Promotoria de São Paulo investiga ainda um salto patrimonial de R$ 7,4 milhões de Salles durante seis anos, entre 2012 e 2018, período em que ele alternou a advocacia e cargos no governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Para dar início à apuração, a Promotoria avaliou informações sobre o que foi recebido por ele tanto do seu escritório como do governo paulista. Segundo a Promotoria, os dados eram insuficientes para explicar o ganho de patrimônio e foi à Justiça para pedir as quebras.