“Meu pai seria presidente do Brasil algum dia”, diz Tomás, filho de Bruno Covas

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Tomás Covas, 16, afirmou que o pai, Bruno Covas, seria presidente do Brasil, se ainda estivesse vivo. 

“Não tenho dúvidas que o meu pai seria presidente do Brasil algum dia. No mínimo, com certeza candidato, e acho que a gente iria, sim, ganhar uma eleição para Presidência. Ele era assim, uma cabeça brilhante e fazia política com amor. Passava, sem brincadeira, 15 horas, 16 horas por dia trabalhando. Vejo que é uma grande perda não só para mim como um pai, um líder, a minha inspiração, como é para o Brasil”, diz Tomás. 

Então prefeito de São Paulo, Bruno Covas faleceu, aos 41 anos, no dia 16 de maio de 2021, em decorrência de um câncer no aparelho digestivo, que depois se espalhou para os ossos, fígado e gânglios linfáticos. 

Tomás Covas se mudou em janeiro para os Estados Unidos. No entanto, ele diz que pretende voltar ao Brasil até o mês que vem para terminar o ensino médio na capital paulista. Seguindo os passos políticos do pai e do bisavô Mário Covas, o jovem se filiou ao PSDB e não descarta uma candidatura no futuro. 

“Penso também em uma eventual candidatura e quero ter um preparo antes, como o meu pai teve. Ele fez duas faculdades, direito e economia, e esse preparo é fundamental. Tenho em mente fazer direito, não está cravado ainda”, afirmou.

Defensor da terceira via, Tomás demonstrou incômodo com a polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano. Ele criticou a decisão de Geraldo Alckmin, que entrou para o PSB e forma chapa com Lula. 

“Meu pai foi convidado [pelo Alckmin] para ser secretário de meio ambiente, gostava de ir à secretaria, era muito bacana. Agora, acho que o Alckmin cometeu a decisão errada, não sei se ele defendeu os seus princípios morais. Não concordei com a saída dele [do PSDB], mas ele fez as escolhas dele, tanto que o PSDB não aceitaria isso. Foi para um partido de esquerda [PSB] e para um projeto, que no meu ponto de vista, é um projeto pessoal”, afirmou.

Para Tomás, um possível nome para as próximas eleições presidenciais pelo PSDB é o de Rodrigo Garcia, o qual o jovem diz ver semelhanças com o pai. “Vamos ver como vai se resolver a terceira via, mas um grande quadro que vejo no partido é o Rodrigo Garcia. Ele teve uma relação muito boa com o meu pai. Nos últimos dias até teve a carta formalizando essa vinda dele para o PSDB, não tenho dúvida que o meu pai ajudou muito nisso. Vejo nele semelhanças com meu pai”, declarou.