Marta lembra 72 anos da RLAM: “De tamanha importância para a Bahia, por isso reestatizar é urgente”

A vereadora e candidata a deputada federal Marta Rodrigues (PT) lembrou, neste sábado (17), do aniversário de 72 anos da antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, mas disse que não há muito o que comemorar pelo povo baiano. 

A petista reforçou que a data serve para refletir e reforçar a importância da união da esquerda e de parlamentares em defesa da reestatização da refinaria, que durante décadas foi fundamental para a economia e para o desenvolvimento social na Bahia. 

“A privatização da RLAM só trouxe crise para a Bahia, culminou no aumento dos combustíveis, do gás e consequentemente dos alimentos,  em meio a pandemia, junto com a política de privatização da Petrobras e de gestão no governo Bolsonaro, que favorece acionistas estrangeiros, que lucram bilhões às custas das riquezas brasileiras”, disse. 

De acordo com a candidata a deputada federal, a refinaria fundada em 1950 – uma das primeiras unidades do Brasil – foi de grande importância para o desenvolvimento baiano, tendo a segunda maior produção do país. 

“A RLAM, antes de ser privatizada, respondia por aproximadamente 20% da arrecadação do ICMS no Estado. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, a produção da refinaria, que era a segunda maior do país, apresentou uma queda de 20% em cinco anos, passando de 110 milhões de barris em 2014 para 91 milhões de barris em 2020. Reduziu-se a produção e facilitou-se a venda. 

A refinaria em 2014 respondia por 12% do PIB da Bahia, ainda conforme dados da Coordenação de Contas Regionais da SEI. Até ano passado,  estimava-se em apenas 4,1%”, destacou a petista, citando dados da da Associação dos Engenheiros da Petrobras Núcleo Bahia (Aepete-BA). 

Para a petista, o entreguismo de Bolsonaro e a politica de preços e de privatização de Paulo Guedes fizeram aumentar a fome, o desemprego e a inflação. “Voltamos ao Mapa da Fome, e no Brasil uma cesta básica custa mais de 50% do salário mínimo. O país voltou à miséria”, disse.

“Precisamos de Lula, realmente,  pois foi nos governos do PT eu vimos valorização e soberania nacional, com respeito às empresas publicas como fundamentais para o desenvolvimento social e econômico”, acrescentou. Marta Rodrigues destaca ser urgente a união contra a privatização das estatais e propõe uma frente baiana pela reestatização da RLAM.

“Com Lula, temos mais chances de recuperar a soberania do nosso país. Retomar as empresas públicas é ter compromisso com o desenvolvimento social e econômico do Brasil, com distribuição de renda, direitos trabalhistas e equidade. A privatização é um retrocesso em todos os sentidos. A Bahia sempre foi percursora na defesa da Petrobras, das estatais e contra privatizações”, disse.