Margareth Menezes assume a Cultura e defende: “Que o nosso Minc nunca mais desapareça”
Cantora e ativista baiana tem o desafio de reconstruir órgão extinto no governo Bolsonaro: “Desmonte não trouxe só consequências econômicas, mas também muita dor”
A artista e ativista social Margareth Menezes, 60 anos, assumiu nesta segunda-feira (2) o comando do Ministério da Cultura do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A cerimônia de posse ocorreu no Museu da República, em Brasília, e contou com a participação da primeira-dama, Janja da Silva, uma das defensoras do nome da cantora para o cargo.
No discurso, Margareth afirmou que “nunca mais” a pasta deixará de ser ministério. “Como aceitar que, de repente, nosso Ministério da Cultura, dessa profunda riqueza, tenha desaparecido por duas vezes do nosso horizonte? Nunca mais”.
“Nós merecemos o nosso ministério. O Brasil tem uma das mais ricas, potentes e respeitadas forças de produção cultural do mundo. Que o nosso Minc nunca mais desapareça”, afirmou.
No primeiro discurso oficial, a ministra também destacou a diversidade da cultura brasileira e a necessidade de reconstrução da pasta. “Eu trago dentro do meu peito um amor pelo Brasil diverso, por esse povo lindo forjado na resistência. Símbolo da alegria de viver e da diversidade. Damos início a desafiadora missão de refundar o Ministério da Cultura”, declarou.
A chefe da pasta criticou o governo anterior, ressaltando as consequências da extinção do órgão para os produtores de cultura. “O desmonte não trouxe só consequências econômicas, mas também muita dor. Nos últimos anos passamos por uma pandemia. Perdemos muitos trabalhadores da Cultura, entre eles o ator Paulo Gustavo”.
A ministra reforçou ainda o compromisso em restabelecer o diálogo com o setor cultural. “Vamos construir pontes que levam a cultura para um futuro mais justo para os artistas e cidadãos brasileiros, especialmente aos jovens, mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA+, periféricos e isolados. Vamos voltar para ficar em paz com a dimensão cultural”.
Margareth é uma artista baiana, natural de Salvador, e considerada por especialistas da cultura um símbolo da potência negra e feminina do universo musical afro-pop-brasileiro.
Com mais de três décadas de carreira, Maga, como é conhecida, tem mais de dez álbuns lançados, quatro indicações ao Grammy, fez mais de 20 turnês internacionais e é uma das principais expoentes da música baiana no mundo.
Após 35 anos de carreira musical, a cantora foi nomeada para integrar o grupo de cultura da equipe de transição de Lula.
Funções da pasta
Entre as atribuições do Ministério da Cultura estão: política nacional de cultura e a proteção e promoção da diversidade cultural; proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural; direitos autorais; assistência nas ações de regularização fundiária, para garantir a preservação da identidade cultural dos remanescentes das comunidades dos quilombos; desenvolvimento e implementação de políticas e ações de acessibilidade cultural; formulação e implementação de políticas, programas e ações para o desenvolvimento do setor de museus.
Em maio deste ano, Lula prometeu devolver o status de ministério à Cultura, pasta que foi reduzida na gestão de Jair Bolsonaro (PL) a uma secretaria especial do Ministério do Turismo. Durante o governo de Bolsonaro, já foram responsáveis pelo setor os atores Mario Frias e Regina Duarte.
A intenção de Lula é dar à nova pasta uma estrutura mais robusta do que teve em governos anteriores.
O petista também quer implementar o Sistema Nacional de Cultura, com descentralização dos recursos. Ele defende ainda potencializar processos criativos e fortalecer a memória e diversidade cultural, ao valorizar a arte e a cultura popular e periférica, além de garantir a liberdade artístico-cultural.
* Com informações dos portais G1 e UOL
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