Marcos Mendes defende criação de ‘Refúgio da Vida Silvestre em parque de Salvador

O vereador de Salvador, Marcos Mendes (PSOL), declarou apoio a um grupo composto por ambientalistas, membros da sociedade civil, entre outros, que solicitam ao prefeito ACM Neto (Democratas), a criação por meio de decreto do “Refúgio da Vida Silvestre” no Parque do Vale Encantado, na região de Patamares. Nesta sexta-feira (6), o grupo realiza uma manifestação virtual em que cobra uma maior celeridade para a assinatura do documento.

Mendes, que também presidente da Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Câmara Municipal de Salvador (CMS), lembrou que a Prefeitura, pressionada pela sociedade civil, promoveu uma audiência pública, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em que ficou deliberado que o Parque do Vale Encantado deveria ser transformado em “Refúgio da Vida Silvestre”, uma área de proteção integral para preservação da vegetação nativa e da fauna do sítio ecológico.

“Estava tudo certo e, de repente, a procuradoria comunicou que o Parque do Vale Encantado só poderia ser transformado em Refúgio Silvestre a partir de um Projeto de Lei da prefeitura, que via decreto não seria viável e isso nos deixou totalmente espantados porque o Parque Marinho da Barra foi criado a partir de um Decreto do prefeito. Então, nós protocolamos uma representação na Sedur. A sociedade civil que possui compromisso socioambiental cobra  que o prefeito ACM Neto baixe  o decreto, em caráter de urgência, para criarmos o primeiro Refúgio da Vida Silvestre no Parque do Vale do Encantado”, reivindicou o psolista.

O edil, que é candidato à reeleição na Casa Legislativa Municipal, salientou que as áreas verdes de Salvador estão sendo desmatadas, os rios “tamponados”, “concretados” para satisfazer a “sanha” do mercado imobiliário. 

O parlamentar acrescentou que o Parque do Vale Encantado é alvo de diversos tipos de “ataques”, inclusive, tinham o objetivo de construir uma “via” que iria passar por cima da reserva ecológica a “via do Atlântico” e, segundo Mendes, tiveram que recuar devido à pressão da sociedade civil e de grupos ambientalistas. 

“Então, travamos uma luta muito grande e vamos continuar travando. Não abrimos mão da luta em defesa de uma cidade sustentável, ambientalmente equilibrada e que valorize os nossos sítios ecológicos”, protestou Marcos Mendes.