Marcelo Odebrecht diz estar “vivendo um inferno” com vida reclusa e problemas financeiros

O empreiteiro baiano Marcelo Odebrecht disse estar “vivendo um inferno”.  A revista Veja teve acesso a depoimentos de amigos do ex-mepreiteiro que contaram sobre a sua nova vida, pós-cadeia.

Dois anos após deixar a prisão, Marcelo foi demitido da empresa, teve bens congelados, pagamentos suspensos e sofre uma enxurrada de ações na Justiça. As dificuldades finaceiras estão atreladas à suspensão dos pagamentos da Odebrecht e bloqueios de contas.

Marcelo briga na justiça com o pai Emílio em uma ação em que é acusado de se beneficiar financeiramente com o acordo de delação. A delação assinada com a Justiça garantia acesso a uma fortuna estimada em mais de R$ 140 milhões – mais sua participação acionária na Odebrecht. 

De acordo com a fonte de Veja, ele acusa o pai de “psicopata” capaz de tudo para livrar a própria pele e de estar dilapidanto o patrimônio da empresa. Principal delator da Lava-Jato, Marcelo sente que pagou sozinho pelos erros, enquanto sue pai e parceiro na gestão da empresa, saiu ileso das acusações. Os dois não se falam há dois anos. 

À revista, amigos do empresário relataram que, aos 51 anos, ele atravessa o pior momento de sua vida. Antes de ser solto, Marcelo passou dois anos e meio em cárcere. Ele chegou a afirmar que preferia ter ficado preso em Curitiba por mais dois anos a enfrentar o que está passando no momento.

“Preferiria ter ficado preso em Curitiba mais dois anos a passar o que estou passando nos últimos seis meses”, afirmou, citando dificuldades financeiras devido aos problemas judiciais. 

Marcelo Odebrecht hoje vive recluso, em sua mansão em um bairro da zona sul de São Paulo. Ele cumpre regime semiaberto, podendo sair para trabalhar durante o dia e voltar para casa à noite, mas se dedica quase que exclusivamente a ler as ações judiciais.