“Maior parte dos eleitores não votou no projeto que vai assumir a continuidade a partir de janeiro”, afirma Ademário Costa

Com a vitória de Bruno Reis (DEM) nas eleições municipais de 15 de novembro e com a maioria da bancada na Câmara de Vereadores de Salvador sendo da base do futuro gestor, restou à oposição unir forças e formar um bloco único na Casa Legislativa.

Para o presidente municipal do PT, Ademário Costa, a maior parte dos eleitores não votou no projeto que vai assumir a continuidade a partir de janeiro de 2021 e, com isso, cabe a base oposicionista dialogar com a maioria insatisfeita e apresentar alternativas que mobilizem a sociedade.

“Precisamos compreender que temos um governo de, apesar de ser eleito em primeiro turno, o gestor foi eleito com a menor parte do eleitorado soteropolitano, que foi às urnas.  Tem um fato concreto para a democracia, que a maior parte dos eleitores não votou no projeto que vai assumir a continuidade a partir de janeiro de 2021. A tarefa da oposição é fazer o diálogo com essa maioria insatisfeita e que ao mesmo tempo não se apresentou nas urnas para colocar sua opinião. Foi um déficit democrático muito grande na cidade e acho que, do ponto de vista da capacidade de articulação política, nos cabe apresentar alternativas que mobilizem a sociedade para recuperar esse déficit”, disse ao Portal M!.

Ademário ressaltou também que “esta extensão precisa ser comprometida e decifrada pelos atores políticos que atuam na cidade e esse é o grande papel que nos cabe no próximo período. E isso só será possível com a construção participativa popular de um projeto alternativo de gestão para Salvador”.

Na última segunda-feira (24), o PT formou, ao lado dos partidos PCdoB e PSB, um bloco único de oposição na Câmara Municipal de Salvador, com possibilidade de ampliá-lo com o PSOL, PSD, Avante e Podemos.