Lula não vai a debate do SBT, mas deve marcar presença na TV Globo

Com chances de vencer as eleições já no primeiro turno, segundo levantamento mais recente do Ipec (ex-Ibope), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de participar do debate com presidenciáveis promovido pelo SBT, que será realizado no próximo sábado (24).

Integrantes da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disseram ao Portal UOL, na tarde desta terça (20), que o mandatário confirmou presença no debate do SBT e que o compromisso já está em sua agenda oficial. Faria é casado com Patrícia Abravanel, apresentadora do canal e uma das filhas do empresário Silvio Santos.

Nos últimos dias, auxiliares de Bolsonaro discutiram com os meios de comunicação os detalhes do debate e avaliaram que a participação do presidente pode ser positiva para a campanha. A decisão, segundo fontes do governo, será mantida mesmo sem a participação de Lula.

De acordo com integrantes da campanha petista, Lula deverá participar do debate da TV Globo, que ocorre no dia 29 de setembro, três dias antes da eleição, em 2 de outubro. Por sua vez, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não confirmou presença.

O secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, afirmou que o principal empecilho para comparecer ao debate do SBT é a agenda do ex-presidente. No sábado, segundo o dirigente, Lula deve participar de dois eventos públicos em São Paulo.

No último dia 28 de agosto, o petista participou do primeiro debate entre os presidenciáveis, na TV Bandeirantes. A avaliação interna da campanha, logo após o encontro, foi de que o ex-presidente teve fraco desempenho diante do tema da corrupção, exposto diretamente pelo presidente Jair Bolsonaro.

Posteriormente, o próprio Lula, em entrevista a uma rádio de Belém, três dias após o debate, deixou transparecer nas entrelinhas que a resposta ao presidente Bolsonaro no encontro da TV Bandeirantes sobre corrupção na Petrobras não tinha sido satisfatória.

“Obviamente que o debate da Bandeirantes, do jeito que ele é formulado, cria muita dificuldade para o debate de verdade, que é o enfrentamento entre os candidatos”, disse. “Mas haverá outros debates e outras oportunidades. Vamos provar quem é quem na política brasileira”, completou.

Durante o período pré-eleitoral, o ex-presidente havia avaliado que a campanha era muito curta e que o excesso de debates não era adequado. Chegou a defender um pool com todas as emissoras numa tentativa de reduzir o número de embates televisivos. Na próxima quinta-feira (22), o petista participa de sabatina no SBT com o apresentador Ratinho.

* Com informações do Valor Econômico e do Portal UOL