Lula evita falar sobre Mensalão e Bolsonaro diz que não tem nada a ver com orçamento secreto

No segundo bloco do debate, o jornalista Josias de Souza, do Portal UOL, questionou os candidatos sobre a relação do Governo Federal com o Congresso Nacional, citando especificamente os casos do Mensalão, na gestão petista, e do orçamento secreto, na atual.

Como tem feito de forma reiterada, Bolsonaro negou ter comprado o apoio de deputados e senadores com o uso de verbas do orçamento secreto. O presidente afirmou que vetou o projeto,  garantiu não ter “nada a ver com esse orçamento secreto” e ressaltou que “não faria isso”. 

Na sua fala, Lula se recusou a tratar do Mensalão, um dos maiores escândalos de corrupção do seu governo. Ele destacou que um presidente da República, quando eleito, deve lidar com o Congresso eleito pelo povo. Afirmou que confrontará o orçamento secreto do governo Bolsonaro com a criação de um “orçamento participativo”.

“Vamos pegar o orçamento e mandar para o povo para saber o que o povo quer”, afirmou Lula, ressaltando que essa é uma alternativa para mitigar o poder dos políticos do Centrão sobre o orçamento. 

Combate às fake news

Lula disse que Bolsonaro teve 36 programas retirados do ar por divulgação de fake news. O petista pontuou que seu adversário divulga informações falsas reiteradamente e lembrou que as vezes em que concorreu com nomes como Geraldo Alckmin e José Serra eram campanhas “limpas”.

“Acho que a campanha tem que ser regulada, a Justiça tem que tomar decisão, toda vez que houver mentiras vamos entrar com processo para tirar as coisas que são mentirosas”, completou. 

Bolsonaro também acusou Lula de mentir, inclusive ao chamá-lo de “genocida”, “miliciano”, “canibal” e acusou o PT de mentir na divulgação de vídeo em que o candidato disse ter “pintado um clima” entre ele e adolescentes venezuelanas no Distrito Federal. Bolsonaro destacou a decisão do TSE para retirar postagens do ar.