Lula chora ao ser diplomado pelo TSE e diz que brasileiros reconquistaram a democracia

Presidente eleito se emocionou ao lembrar do período em que esteve preso e afirmou que vai ocupar o Planalto pela terceira vez porque “Deus existe”


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redacao 12/12/2022 14:53 Política

Diante de uma plateia de centenas de convidados, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), foram diplomados nesta segunda-feira (12), no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. 

Lula e Alckmin receberam os diplomas das mãos do presidente do TSE, Alexandre de Moraes. A diplomação é uma etapa que confirma o processo eleitoral e habilita os escolhidos pelo voto popular a tomar posse como presidente e vice-presidente da República, no dia 1º de janeiro.

Em discurso após receber o diploma, Lula disse que o documento pertence ao povo brasileiro que, segundo ele, conquistou o direito de viver em uma democracia.

“Esse diploma não é do Lula presidente, mas de parcela significativa do povo que conquistou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma”, declarou.

“Quero dizer que muito mais que a cerimônia de diplomação de um presidente eleito, esta é a celebração da democracia. Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada. Poucas vezes na nossa história a vontade popular foi tão colocada à prova”, destacou também o petista.

Lula se emocionou ao lembrar do período em que esteve preso e disse que se hoje é presidente pela terceira vez, é porque “Deus existe”.

Ele também chorou ao falar das críticas que sofreu por não ter diploma universitário. Lula acrescentou que exercerá seu mandato em nome da “normalidade institucional” do país e da “felicidade” do povo brasileiro.

“É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra injustiças que recebo pela terceira vez o diploma de presidente eleito do Brasil. Em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo”, discursou.

“Reafirmo hoje que farei todos os esforços para, juntamente com meu vice Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas ao longo de toda uma vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo os mais necessitados”, afirmou.

 

 

Moraes é ovacionado

A cerimônia de diplomação começou por volta das 14h30, e Alexandre de Moraes foi ovaciado pela plateia ao abrir o evento. 

Estão presentes na mesa os demais ministros do TSE, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, os ministros do TSE, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Ordem das Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti.

Na primeira fila do plenário lotado, estão a futura primeira-dama, Rosângela ‘Janja’ da Silva, os ex-presidentes Dilma Rousseff e José Sarney, e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciado por Lula como futuro ministro da Fazenda. Como previsto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceu ao ato. 

 

Cerimônia ocorre desde 1951 

A cerimônia de diplomação é realizada desde 1951, quando Getúlio Vargas retornou à Presidência da República por meio do voto popular. Suspensa durante o regime militar (1964 a 1985), a solenidade voltou a ser realizada após a redemocratização do país, em 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello.

A diplomação representa o momento em que o Poder Judiciário atesta que os candidatos foram legitimamente eleitos pelo povo.

Além disso, é uma exigência legal para a posse e marca o fim do processo eleitoral, já que o TSE já avaliou todas as etapas do pleito, incluindo eventuais recursos contra os candidatos e o resultado das urnas.

O prazo final para a diplomação é 19 de dezembro, mas a pedido da equipe de Lula, o TSE adiantou a cerimônia em uma semana.

Para receber o diploma, os eleitos precisam estar com o registro de candidatura aprovado e as contas de campanha julgadas.

 

* Com informações do Portal G1

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