Lavagem do Bonfim volta a ser realizada sem as maiores lideranças políticas da Bahia

Dois ingredientes podem mudar a configuração da Lavagem do Bonfim, nesta quinta (12): o  panorama de Brasília após os ataques de 8 de janeiro e um aspecto da cena local, com o prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Sobre Brasília, os ataques bárbaros de golpistas a sedes dos três Poderes vêm mobilizando a unidade política, sobretudo, do governo e seu entorno. Diante disso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, ambos do PT, devem se ausentar do cortejo este ano. 

O outro ponto, como fala-se, é uma dose de generosidade do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) de se ausentar para dar protagonismo ao seu correligionário e prefeito de Salvador, Bruno Reis. Seria uma forma de mostrar que Bruno se assenhorou da gestão. A independência do prefeito pode ajudá-lo na tentativa de reeleição no próximo ano. 

Se por um lado a Lavagem não terá três lideranças importantes, por outro será a estreia de Jerônimo Rodrigues (PT) em festas populares. A divulgação sobre a participação do chefe do Executivo estadual na Festa do Bonfim está sendo feita nas redes sociais dos políticos e agentes públicos ligados ao ‘time’ de Jerônimo.

Os bolsonaristas, por sua vez, ignoraram a festa popular da capital baiana – a maior depois do Carnaval. O Portal M! questionou o ex-candidato ao governo, deputado federal João Roma (PL), sobre a participação do seu grupo político, mas até o momento não obteve retorno.

A festa volta a ser realizada depois de um hiato de dois anos causado pela pandemia da Covid-19.