Josué Gomes, presidente da Fiesp, rejeita convite para ser ministro da Indústria
Ele disse não ter condições de aceitar, sob o argumento de que não poderia assumir o cargo como um “derrotado” na Fiesp
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, recusou o convite para ser ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou Josué na quarta-feira (14), durante encontro em Brasília. Nesta sexta-feira (16), porém, ele disse não ter condições de aceitar, sob o argumento de que não poderia assumir o cargo como um “derrotado” na Fiesp. O empresário alegou que, se fizesse isso, pareceria um “refugiado” dentro do governo.
Josué viajou com a família para os Estados Unidos nesta sexta e conversou com Lula, por telefone, antes de embarcar. O presidente da Fiesp tem enfrentado uma crise na entidade porque parte da diretoria quer destituí-lo. Ele, porém, reagiu ao edital assinado por sindicatos patronais, que convocavam uma assembleia para o próximo dia 21, com o objetivo de tirá-lo do posto. Na tentativa de ganhar tempo, o herdeiro da Coteminas conseguiu marcar uma assembleia da Fiesp para 16 de janeiro de 2023.
A insatisfação com Josué aumentou quando a Fiesp divulgou uma carta em defesa da democracia, há quatro meses. O texto foi lido pelo ex-ministro da Justiça José Carlos Dias na manifestação em frente à Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 11 de agosto, e provocou protestos de representantes da indústria por ser interpretado como um aceno a Lula.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o empresário Paulo Skaf, ex-presidente da Fiesp, é um dos principais críticos de Josué e critica sua administração. Filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011, Josué tem trânsito nos três Poderes e é muito próximo de Lula. A amizade aumentou durante os dois mandatos do petista. No ano passado, Lula chegou a sondar o dono da Coteminas para ser vice em sua chapa, mas ele recusou.
A volta do MDIC
A pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que será recriada como fruto da divisão do “superministério” da Economia, de Paulo Guedes, nascerá fortalecida no governo Lula 3. Na semana passada, o gabinete de transição confirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – a ser comandado por Aloizio Mercadante – e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) terão suas estruturas subordinadas ao MDIC.
Hoje, a estrutura do BNDES, que é o principal instrumento de fomento do governo federal, está sob o guarda-chuva do Ministério da Economia. Já a Apex Brasil, um serviço social autônomo, é vinculada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O futuro ministério deve assumir a elaboração de metas de médio e longo prazos, atribuição que, segundo a equipe de Lula, deixou de ser desempenhada por governos anteriores. Os acordos internacionais, área que o presidente eleito quer priorizar, também serão abarcados pelo novo ministério.
Nessa nova configuração, a pasta do Planejamento poderá ter a função esvaziada para a área de gestão de recursos humanos, inclusive de negociações salariais, além de demandas orçamentárias mais imediatas.
No novo mandato de Lula, o atual “superministério” da Economia deve ser dividido em quatro pastas, que ainda podem mudar de nome: Fazenda; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Planejamento e Orçamento e, ainda, Gestão. O Estadão apurou que este último formato, separando Planejamento e Orçamento de Gestão, foi um pedido feito a Lula pelo novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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