João Roma propõe criação do programa ‘Médicos pela Bahia’ para levar profissionais ao interior

Na última reportagem abordando o eixo da saúde nos planos de governo dos candidatos ao governo da Bahia, as propostas trazidas pelo Portal M! serão do candidato do PL, João Roma. O postulante ao Palácio de Ondina reservou 8 das 70 páginas do seu programa de governo ao tema.

Um dos principais pontos abordados por Roma, é a criação do “Médicos pela Bahia”, que seguirá o exemplo do programa do governo federal “Médicos pelo Brasil”. Segundo o candidato, a proposta surge diante da afirmação do atual governo, de que faltam médicos especialistas na Bahia. Segundo o plano, o que ocorre é a “falta de políticas públicas sérias na área de saúde que possam atrair os médicos para as diversas regiões do estado”.

Outra proposta do candidato do PL dá conta da fila da regulação, que representa um dos grandes gargalos a ser enfrentado na saúde baiana. Com cerca de 800 solicitações diárias na Central Estadual de Regulação (CER), como mostramos na primeira matéria deste especial, o aumento constante da fila é visto com grande preocupação por parte da população que depende do Sistema Único de Saúde (SUS), para realização de exames, procedimentos cirúrgicos e internação em UTI.

Segundo o plano de Roma, o objetivo é, ainda nos primeiros 100 dias de governo, “zerar a fila de espera para consultas especializadas e marcação de cirurgias eletivas”.

Atualmente, segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Saúde (Sesab), a transferência de um paciente depende, “da qualidade do relatório médico que a unidade coloca no sistema, a disponibilidade de leito/recurso para o perfil do paciente e, é claro, a gravidade do mesmo”. Segundo a pasta, estes elementos “são analisados pelos médicos reguladores e hierarquizados”, formando a “fila da regulação”.

O candidato também propõe a redefinição e estruturação das unidades básicas de saúde em conjunto com municípios e entidades médicas, para “medicina preventiva, atendimentos básicos, disponibilização de ambulâncias aos centros mais desenvolvidos, quando necessário”, diz o plano.

Ele também propôs a estruturação do atendimento pelo SUS das consultas e procedimentos de média complexidade em todos os municípios. Segundo o plano, cada uma das 31 regiões administrativas “será dotada de profissionais de saúde, instalações e equipamentos para que o baiano possa ser atendido em casos de até média complexidade e no tempo que atenda às necessidades do paciente”.

Parcerias com hospitais

Outra proposta de Roma é firmar parcerias com associações de profissionais e gestores, hospitais públicos, privados, filantrópicos e municipais. Segundo o plano, a ação tem o objetivo melhor atender as necessidades da população. A intenção é que, para consultas especializadas: haja 20 dias de espera, “com destaque para as áreas médicas de Cardiologia, Pneumologia, Otorrinolaringologia, Neurologia, Endocrinologia, Urologia, Reumatologia, Oftalmologia e Dermatologia”.

Já para exames laboratoriais, o atendimento deverá ser imediato e contínuo, enquanto para exames especializados: 40 dias de espera, no máximo.  São listadas ainda, as cirurgias eletivas, que deverão ser realizadas em até 90 dias, para as áreas de intervenção médica de cirurgia geral, urológica e ginecológica de média complexidade, sem exclusão de outras áreas. Já em casos de diagnóstico e início do tratamento do câncer, a espera máxima será de 60 dias, segundo o plano de Roma.

Interiorização da saúde

Outra ação proposta é a descentralização dos atendimentos de alta complexidade. Para tanto, Roma propõe a criação de estruturas completas em cidades como Feira de Santana, Alagoinhas, Serrinha, Vitória da Conquista, Juazeiro, Itabuna, Jequié, Teixeira de Freitas, Barreiras, Irecê, Bom Jesus da Lapa, entre outras.

De acordo com o plano, as regiões “serão autossuficientes, aliviando a sobrecarga da rede hospitalar de Salvador, sem prejuízo de quaisquer outras medidas que se façam necessárias”.

Consta ainda no plano de Roma, a implantação de acompanhamento médico nas escolas para os alunos da rede pública, municipal e estadual, com a realização de “exames médicos e odontológicos periodicamente”, além da reestruturação do Planserv e o uso da tecnologia integrado à saúde.

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