João Roma bate martelo e PL vai apoiar Bruno Reis à reeleição

O presidente do PL Bahia, João Roma, bateu o martelo e o partido vai apoiar a pré-candidatura do prefeito Bruno Reis (União Brasil) à reeleição em Salvador. É a primeira vez que o ex-ministro da Cidadania no governo Bolsonaro admite explicitamente o apoio, até então sempre mencionava que estava ainda em tratativas com o prefeito e chegou a cogitar uma pré-candidatura própria do PL na capital baiana. O principal adversário de Reis será o vice-governador Geraldo Jr (MDB).

“Cada cidade tem sua especificidade. Em Salvador, a gente tem que juntar os esforços, seguir junto na caminhada da reeleição de Bruno Reis”, disse Roma em entrevista ao programa Linha de Frente, da TV Aratu, que será exibido na manhã desta quinta-feira (21).

A legenda também marchará ao lado de outra candidatura do União Brasil. Em Camaçari, o PL vai apoiar o presidente da Câmara Municipal, vereador Flávio Matos, apoiado pelo atual prefeito reeleito Elinaldo Araújo (também UB).

“Em Camaçari, vamos marchar com o prefeito Elinaldo. Focamos em fortalecer nossa chapa de vereadores e vamos marchar juntos com o candidato de Elinaldo”, disse se referindo ao vereador Flávio Matos que enfrentará em outubro o atual secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano (PT), que almeja retomar o controle da cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS), quarto maior colégio eleitoral da Bahia. O petista é seu principal adversário nas eleições em outubro e já comandou o município por quatro mandatos (1985-1988, 2005-2008, 2008-2012 e 2012-2015).  

O ex-ministro da Cidadania também destacou que o PL trabalha por uma candidatura própria em cinco municípios baianos: Vitória da Conquista, Feira de Santana, Itabuna, Ilhéus e Teixeira de Freitas.

“Em Vitória da Conquista, temos trabalhado na tentativa de apresentar um candidato a prefeito. Sobre Feira de Santana, é uma cidade que precisa pensar grande, olhar para frente”, comentou Roma, que ressaltou a pré-candidatura do deputado federal Capitão Alden a prefeito da Princesa do Sertão. 

O parlamentar, como destacou o dirigente do PL, deve fomentar o debate sobre a segurança pública. Em Conquista, o partido anunciou a pré-candidatura do advogado e diretor da Rádio Clube, Washington Rodrigues. Os pré-candidatos a prefeito em Itabuna e Teixeira serão o engenheiro Francisco França e o tenente-coronel França, respectivamente.

Bolsonaro

Ainda em entrevista, Roma também comentou sobre a força do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve em Salvador no último dia 8, no cenário político nacional. “Mesmo com essa insegurança jurídica de um país onde o judiciário tem atuado com dois pesos e duas medidas, continuamos vendo um presidente Bolsonaro que contagia a multidão e é motivo de esperança para grande parte do povo brasileiro”, comentou. 

O ex-ministro da Cidadania entende que, com o atual governo, o país tem marchado na contramão, sem seguir as linhas de redução de impostos e de redução do Estado como na gestão Bolsonaro. “As políticas públicas apresentadas são realmente muito destrutivas. Por exemplo, furar o teto de gastos é uma mensagem muito negativa no cenário nacional”, disse Roma, ressaltando “que esses desacertos de Lula encarecem o investimento no Brasil, pois enrijecem a nossa economia”. 

Governo Jerônimo

Na Bahia, João Roma pontua que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ainda “não mostrou a que veio”. “A melhora que se enxerga é o contraste dele perante a figura de Rui Costa, que era uma figura que exalava antipatia. Jerônimo busca ser uma figura mais leve, então isso talvez seja um ponto positivo; mas ambos aumentaram os impostos”, comentou Roma. 

Ao ser questionado sobre o incentivo ao agronegócio na Bahia, Roma destacou o péssimo estado das estradas no Estado, “além da ação do crime organizado e do aumento da invasão de terras que desestimula quem produz”.

“O enfoque do governo tem sido alimentar uma insegurança jurídica, não deixando as coisas claras. Terra invadida não se torna disponível para reforma agrária”, ressaltou Roma, ao lembrar que foi o governo de Jair Bolsonaro o que mais titulou terras no Brasil, tirando do controle de movimentos de sem-terra produtores que trabalhavam, mas nunca recebiam a posse das terras habitadas.

Leia também:

Bruno Reis busca apoio do PL para reeleição em 2024, afirma João Roma

Bruno Reis recebe propostas do PL para impulsionar negócios em Salvador

Capitão Alden quer acabar com trotes em instituições de ensino