Janela partidária começa nesta quinta e deve mudar configuração na Câmara de Salvador

Vereadores que pretendem disputar a reeleição para as Câmaras de Vereadores ou buscar uma vaga nas Casas Legislativas podem mudar de partido sem sofrerem nenhuma punição da legenda, a partir desta quinta-feira (5), até o dia 3 abril. O prazo termina exatamente seis meses antes da eleição.

De acordo com o calendário elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prazo é considerado para a justa causa necessária para a mudança partidária dos detentores do cargo de vereador que queiram concorrer ao pleito. Ao trocarem de partido, os parlamentares buscam mais recursos e apoio político para as campanhas.

Para a eleição de outubro, no caso dos vereadores, uma mudança importante: ao contrário da eleição para prefeito, as coligações partidárias estarão proibidas para as eleições proporcionais. Antes, os votos dados a todos os partidos da aliança eram levados em conta no cálculo para a distribuição das vagas. A novidade pode modificar o cenário existente na Câmara de Vereadores de Salvador.

Dança das cadeiras

A equipe do M! fez uma análise de possíveis mudanças de partido que podem ocorrer entre os vereadores, diante do início da janela partidária.

Um dos que pode migrar de legenda é o vereador Paulo Magalhães Júnior (PV), líder do governo na CMS. O destino dele deve ser o Democratas. Além de Paulinho, cogita-se a possibilidade de Felipe Lucas (MDB), Téo Senna (PHS) e Kiki Bispo (PTB) também migrarem para o DEM. Já Carlos Muniz, atualmente no Podemos, deve ir para o PTB, assim como o vereador Henrique Carballal (PV).

Presidente da Câmara, Geraldo Júnior (SD) está sendo cortejado por pelo menos três partidos: MDB, PDT e Republicanos, que estão de olho na vaga de vice-prefeito na chapa comandada por Bruno Reis na briga pelo Palácio Thomé de Souza.

Atual secretária de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude, Rogéria Santos (Republicanos) não deve tentar um novo mandato na Câmara de Salvador, cedendo lugar para o Pastor Júlio. A vereadora Marcelle Moraes também segue com destino indefinido.

No campo dos Democratas, dois nomes devem sair e um busca ingressar no partido: os que deixam a legenda serão Alex Mine e Maurício Trindade. Já o vereador Téo Senna (PHS) tenta uma vaga por lá. Atual secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Cláudio Tinoco, se mantém no DEM.

Pela oposição, o vereador José Trindade continua no PSB, onde se filiou recentemente, assim como Edvaldo Brito permanece no PSD. Já Ana Rita Tavares (PMB) pode mudar de partido, migrando para alguma sigla que faz parte da base do governador Rui Costa (PT).