Ivete Sacramento sai em defesa de Neto sobre autodeclaração: “Importante são as propostas”

A titular da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), Ivete Sacramento, que ocupa o cargo desde a gestão ACM Neto, saiu em defesa do candidato do União Brasil ao governo da Bahia, nesta sexta-feira (23), sobre sua autodeclaração como pardo.

Em postagens nos status do Whatsapp, Sacramento avaliou que mais “valeria a pena” para Neto “contra-atacar” às criticas do grupo governista sobre sua autodeclaração, apontando que o mais importante são as propostas efetivas para o tema racial.

“Valeria a pena ele ‘contra-atacar’, para lembrar que, muito mais importante do que a autodeclaração racial do próprio candidato, são as propostas efetivas e o compromisso de cumpri-las, caso eleito”, disparou.

Na sequência, a secretária municipal da Reparação destacou que ACM Neto foi o único que “teve a coragem de incluir”, em seu plano de governo, a ampliação para 50% das cotas raciais nos concursos públicos do Estado, “fortalecendo a política de reparação, inclusão e enfrentamento à desigualdade. Em contrapartida, nenhum outro candidato se comprometeu com algo parecido”, afirmou.

Ela também atacou o principal adversário de Neto, Jerônimo Rodrigues (PT) e disse que, dessa forma, ele mostrou “que tem uma bandeira histórica apenas no discurso”.

Por fim, Sacramento destacou que, além das propostas do ex-prefeito de Salvador para um eventual governo, ele já implantou medidas quando esteve à frente da capital baiana.

“Importante falar que, além das diversas propostas que Neto tem para o próximo governo (Observatório Racial, reconhecimento e regularização fundiária dos terreiros afro, promoção da cultura negra, Selo da Diversidade estadual e etc), ele não só promete melhorias nessa pauta de reparação como já implantou, quando prefeito de Salvador, o maior Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), revolucionário em nossa cidade pela transversalidade e premiado nacionalmente”.

Ela também ressalta que ACM Neto foi o responsável pela aprovação, em 2019, do Estatuto da Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa na capital.