Investigação conclui que assessor de Bolsonaro fez gesto com conotação racista em sessão do Senado

A Polícia do Senado finalizou a investigação e indiciou o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins. A apuração concluiu que os gestos feitos pelo auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) às costas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em 24 de março, tinham conotação racista.

Agora, o Ministério Público Federal (MPF) terá que decidir se denuncia Martins ou se opina pelo arquivamento. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. 

Martins foi indiciado com base no artigo 20 da lei 7.716/1989, que fala em pena de reclusão de uma a três anos e multa para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.”

Caso

No dia 24 de março, Martins estava no Senado acompanhando a sessão na qual o então ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo prestava explicações sobre a atuação do Itamaraty na compra de vacinas para Covid-19. Ele estava sentado atrás do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e foi filmado ao unir o polegar ao dedo indicador.

Na ocasião, o Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chamou a Polícia Legislativa com o objetivo que o fato fosse investigado.

À época, Martins disse em seu perfil no Twitter que estava ajeitando a lapela do terno e afirmou que as pessoas que o acusaram de reproduzir um gesto de supremacistas brancos seriam processadas.