Guedes diz estar confiante na aprovação da Reforma Tributária no Congresso

O ministro da Economia, Paulo Guedes, diz estar confiante na aprovação da Reforma Tributária no Congresso, após relatar uma conversa sobre o assunto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Na reunião, ficou combinado que os impostos sobre a renda e o consumo vão para a Câmara, e o passaporte tributário para o Senado. A previsão é que os dois temas sejam discutidos em cada Casa por 30 a 60 dias.

“Há uma boa perspectiva de fazermos uma reforma interessante e relativamente rápida, ou seja, este ano ainda. Acho que está progredindo bastante, e os passos são todos razoáveis na direção de que não vai ter susto para ninguém, todo mundo vai entender tudo. Estou bastante otimista com o andamento dessa reforma”, disse o ministro.

Guedes deu as declarações ao participar do encontro “Diálogos com a Indústria”, realizado em um hotel de Brasília, pela Coalizão Indústria, que conta com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e congrega 15 entidades.

Segundo o ministro, o ideal seria uma reforma ampla, que é o que ele gostaria desde o início, “mas não às custas da União”.

Guedes acrescentou que este foi o motivo que bloqueou o desenvolvimento do assunto no começo das discussões da proposta de criação de um imposto de transações, semelhante à antiga CPMF.

“Esse imposto [de transações] foi interditado. Não vou brigar por ele. Estamos em uma democracia. Deixe isso para lá. Continuem com os encargos elevados e vamos fazer a reforma ampla tão desejada”, disse.

Manutenção do emprego

Na avaliação do ministro, os programas criados pelo governo para combater os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia, como o apoio às empresas, estão mantendo os empregos.

“É o programa de preservação de empregos mais bem-sucedido que eu saiba de todas as políticas econômicas praticadas contra a crise em todos os países”, afirmou, segundo informações da Agência Brasil. O ministro disse que a economia realmente voltou a se recuperar em V.

Guedes reconhece que estão ocorrendo gastos mais elevados no âmbito federal, mas ressaltou que,  desde o início, todas as medidas expressaram o duplo compromisso: com a saúde dos brasileiros, de um lado, e com a responsabilidade fiscal, de outro.  “Só ficaram extrateto as medidas ligadas à pandemia”, pontuou. 

O ministro acrescentou que o futuro é “verde e digital”, e defendeu a redefinição do modelo de ocupação da Amazônia, para passar a fornecer serviços verdes de proteção da floresta.

“A árvore vale mais viva do que morta. Vamos ter que viver da produção desses serviços no mercado de carbono, de oxigênio livre, na verdade. Vamos ter que redirecionar uma nova vocação para a região. Os americanos transformaram o deserto do Nevada, que é Las Vegas, na capital mundial do entretenimento. Manaus tem que ser a capital mundial da economia sustentável, da economia verde”, defendeu.