Grupo Wilson Sons nega que recursos do Fundo de Marinha Mercante tenham sido liberados para o Tecon Salvador

A empresa Wilson Sons, que presta serviços portuários, marítimos e logísticos, afirmou por meio de nota que é falsa a informação publicada nos veículos de imprensa, na última quarta-feira (26), apontando que recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM) tinham sido liberados para o Tecon Salvador. Segundo a nota, “o FMM não financia terminais portuários. Seus recursos se destinam exclusivamente à construção, docagem e reparo de embarcações”. 

Ainda segundo a nota, o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) é que analisa e aprova pedidos de prioridade para projetos do FMM, que ocorreu em maio de 2017, por ocasião da 34ª Reunião Ordinária do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), cerca de dois anos antes da reunião ocorrida no Ministério da Infraestrutura, fato que pode ser verificado, inclusive, no Diário Oficial da União. 

Estes recursos se destinavam a reparos e docagens de embarcações de apoio marítimo, não para obras em terminais portuários. A reunião citada tratou efetivamente de assuntos relacionados ao Tecon Salvador, conforme informado pelo Ministério da Infraestrutura.

A nota segue explicando que os projetos são submetidos à pasta da Infraestrutura com pelo menos 60 dias de antecedência e, posteriormente, levados à aprovação do Conselho, presidido pelo próprio ministério, e composto também por Casa Civil, Ministério da Economia, Ministério da Defesa, Petrobras, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF). E, na esfera privada, por Syndarma, Sinaval, Confederação Nacional dos Trabalhadores Marítimos e Confederação Nacional dos Metalúrgicos.

A empresa destaca ainda que os financiamentos são concedidos por agentes financeiros, como o BNDES, o Banco do Brasil e a CEF, responsáveis por analisar o crédito dos requerentes e os respectivos enquadramentos no âmbito de seus processos internos de aprovação. Os agentes financeiros, após definida a prioridade do projeto, são responsáveis por analisar o crédito dos requerentes e os respectivos enquadramentos no âmbito de seus processos internos de aprovação. 

Por fim, a Wilson Sons salienta que o relacionamento para com o poder público sempre se deu em conformidade com os mais rígidos e criteriosos padrões de conduta e respeito à ética em seus negócios ao longo de quase dois séculos de atuação.

Esta semana, o jornal O Globo publicou que o líder do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra (MDE-PE), é investigado por ter beneficiado o grupo Wilson Sons em um projeto de R$ 131 milhões do Porto de Salvador. O grupo é o fundador da Tecon Salvador, responsável por administrar o porto da capital baiana. A informação se baseou em um relatório emitido pela Polícia Federal e obtido pelo jornal. Leia aqui.