Governo enfraquecido e proximidade das eleições de 2022 complicam agenda de reformas econômicas
Economistas avaliam ser melhor paralisar processo para evitar retrocessos
A fragilidade política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta ano tem preocupado economistas que, até então, enxergavam como positiva a agenda de reformas do Executivo. Além das intercorrências na política federal, a influência das eleições de 2022 interfere nas decisões econômicas do governo.
Segundo o economista sênior da MCM Consultores Mauro Schneider, um governo enfraquecido – como é o caso de Bolsonaro, com índice de aprovação na casa dos 24% – é menos propenso a desagradar determinados setores e, por isso, mais permeável a pressões.
“As reformas sempre implicam em perdas e ganhos. O objetivo, no fim, é gerar um resultado líquido favorável ao país, mas, na maior parte das vezes, alguém perde para uma maioria ganhar. Um governo enfraquecido é muito mais sensível a isso”, pondera.
O segundo ponto é a aproximação do ciclo eleitoral, quando os governos, especialmente aqueles que não gozam de amplo apoio, têm a “tentação de considerar como prioritários os projetos que resultem em maiores ganhos eleitorais”.
Em relatório enviado a clientes da consultoria no fim de agosto, o economista avalia que seria melhor paralisar a agenda de reformas “para se evitar o risco de aprovação de medidas que provoquem uma piora do ambiente econômico no país”.
O ex-secretário do Tesouro, Carlos Kawall, hoje diretor do ASA Investments, tem avaliação semelhante.
“Temos riscos de aprovar reformas que não só não sejam um avanço na direção que a gente quer – do ponto de vista da consolidação da aceleração do crescimento econômico, geração de emprego -, mas que retrocedam em coisas que já foram conquistadas”, pontua o economista.
“O que está se buscando agora é menos fortalecimento do arcabouço institucional e mais a aprovação de medidas de alívio fiscal com intuito eleitoral”, acrescenta, mencionando a reforma do IR e a PEC dos precatórios, que propõe parcelar dívidas da União constituídas por decisões judiciais com trânsito em julgado para que o governo possa acomodar uma expansão do gasto com seu novo Bolsa Família.
Os sinais preocupantes, contudo, são anteriores e já apareciam desde a tramitação do Orçamento de 2021, diz Kawall. A peça foi aprovada em março, com três meses de atraso, uma série de despesas subestimadas e cerca de 22% do total de investimentos direcionados para o Ministério da Defesa.
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