Governo elaborou documento para negar compra da Pfizer após pesquisa na internet, diz coluna

O Ministério da Saúde elaborou um documento de oito páginas pelo qual negou, em 14 de julho de 2020, a compra de vacinas da Pfizer/BioNtech. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Baseado em uma pesquisa de internet, o argumento era de que o imunizante não reunia provas suficientes de confiabilidade em “eficácia e segurança”.

A Nota Técnica nº 33/2020, elaborada pela Coordenação de Monitoramento e Avaliação de Tecnologias em Saúde, foi feita para responder a uma proposta enviada ao ministério dois meses antes, em 4 de maio, pela Pfizer.

A nota atesta que seu objetivo era “apresentar uma revisão rápida da literatura” sobre a vacina. Para isso, os responsáveis por ela fizeram uma busca, em 2 de julho, em cinco bases de dados existentes na internet sobre a vacina.

Oito dias depois de o governo brasileiro rejeitar a proposta alegando duvidar dos resultados da vacina, os EUA compraram 100 milhões de doses ao custo de U$ 1,95 bilhão.