Governo diverge sobre habeas corpus para Pazuello na CPI da Covid

Há divergências no Governo Federal sobre a melhor estratégia a ser adotada para o depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazudllo, na CPI da Covid.

Uma ala tem se posicionado de maneira contrária à possibilidade de o general  ingressar com um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar o depoimento.

Isto porque os integrantes pensam que o movimento pode acabar prejudicando o ex-ministro, uma vez que são consideradas remotas as chances de o Supremo dar aval ao recurso. Pesa nessa análise o fato de que caberá ao ministro Ricardo Lewandowski analisar o pedido.

Já outra ala, porém, avalia que o recurso deve estar na mesa até o dia 19 de maio, data do depoimento. A leitura é a de que a CPI já tem um juízo de valor sobre sua gestão no ministério e tudo o que ele disser será usado contra ele.

Os defensores dessa estratégia já começam a levantar a jurisprudência no STF que permitiria que pessoas convocadas como testemunhas para depoimentos em que haja indícios de que são investigadas – que seria o caso de Pazuello na CPI – possam ter o direito ao silêncio.

Por sorteio, Lewandowski se tornou o responsável pelos questionamentos referentes à CPI no Supremo. O ministro negou um pedido de senadores governistas para impedir que Renan Calheiros (MDB-AL) se tornasse o relator da CPI.

* Com informações da CNN Brasil.