Ex-presidente do Banco Central diz que perspectiva econômica para 2022 “é muito ruim”
Para Affonso Celso Pastore, Selic deveria ter sido revista antes para conter a inflação e crescimento fraco em 2022 é inevitável
O ex-presidente do Banco Central, Affonso Celso Pastore, afirma que uma desaceleração do PIB em 2022, ano de eleições, está “comprada” com a ação do Banco Central para barrar o descontrole da inflação.
Segundo Pastore, o populismo eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já está retratado na piora dos preços e indicadores, e que a euforia da “Faria Lima” (principal centro financeiro da capital paulista) e dos empresários acabou.
“O despertador tocou tão forte que não deu para ficar dormindo”, disse ao Estadão.
Para ele, uma piora da economia, que tira popularidade e voto, pode levar o presidente a forçar uma ruptura institucional.
“A inflação é sempre o bandido do filme. Nesse período, ela foi o mocinho. Quando o ministro Paulo Guedes e o Arthur Lira fecharam o acordo do Orçamento, ninguém contava com o crescimento do PIB nominal. Têm vários impostos que crescem com o PIB nominal. Tivemos a arrecadação tributária crescendo muito e vamos chegar com um déficit bem menor, abaixo de 1,5% do PIB”, explicou.
“O mercado se animou. Disseram: ‘Que coisa boa! Baixou o risco’. A Faria Lima entrou em festa. A inflação acelerou, e o espaço no teto de gastos será menor. E, quando estava nesse ponto, caiu na cabeça do Paulo Guedes um meteoro chamado precatório”, completou.
Questionado se o cenário de agora pode empurrar o presidente Bolsonaro para uma agenda mais populista, Pastore disse que ele vai tentar fazer um programa Bolsa Família maior.
“Na democracia, cada pessoa é um voto. O desempregado e o pobre têm o mesmo voto que o presidente de um banco. E tem muito mais desempregado e pobre. Quer ele olhe isso do ponto de vista humanitário, quer seja populista, que é o que eu acho que ele é, vai tentar fazer esse programa”, afirmou.
“A única prioridade que eu consigo ver na cabeça do Bolsonaro é se reeleger. Ele tem razões familiares, pessoais, de todos os tipos, a ponto de hostilizar as instituições e fazer uma campanha contra o voto eletrônico. A ponto de anunciar que vai pedir impeachment de ministros do Supremo, que estão simplesmente exercendo a sua função. Entre Executivo e Legislativo, a não ser a postura do Senado, que está mais sóbria, eu tenho a impressão de que há uma combinação de interesses muito forte. Esse é o clima. Empresários já não estão tão quietos, porque, depois daquele manifesto, já temos visto gente que saiu da casca”, finalizou.
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