Ex-ministro da Saúde tenta se credenciar como nome do Democratas em 2022

O ex-ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro (sem partido), Luiz Henrique Mandetta, tem se aproximado de movimentos cívicos para conhecer melhor os problemas do País e apresentar soluções, com a meta de criar um “Plano Nacional de Reparação” para o pós-pandemia que sirva de cartão de visitas para uma candidatura a presidente ou vice em 2022.

Em dois meses, a equipe de Mandetta organizou quatro reuniões com especialistas por áreas, apresentando uma espécie de panorama da área e debate de projetos que ecoam na sociedade civil.

Mandetta disse ao Estadão ter feito, no mínimo, dois a três encontros mensais com a bancada do DEM para discutir educação, economia, saúde e outros temas que contribuam para formular e apresentar propostas. O conjunto de propostas será compilado no “Plano Nacional de Reparação”, que, em breve, será aberto a contribuições por meio de uma plataforma digital.

“O DEM está muito vivo. O partido todo sabe dessa minha participação, o partido todo concorda, não tive voz dissonante. Agora, o partido não está ainda no momento de fazer a deliberação. Isso será bem lá na frente quando formos falar de convenção. Enquanto isso, vamos fazendo a pré-campanha”, disse.

Primeiro ministro da Saúde do governo a deixar o cargo, passado por divergências relacionadas ao combate à pandemia pelo governo federal, reafirmou que aceitaria ser candidato a vice numa composição que reúna partidos do centro.

O DEM só disputou a Presidência da República em 1989 – na época, o partido ainda se chamava PFL. Aureliano Chaves teve 0,9% dos votos.