“Eu não vejo a menor hipótese de o presidente Lula não ser candidato”, dispara Jaques Wagner 

Muito tem se falado nos bastidores da política de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode não disputar a candidatura ao Planalto e um dos nomes cogitados para substituí-lo seria o senador Jaques Wagner (PT), já que Fernando Haddad (PT) está em campanha para o governo de São Paulo. 

Em entrevista para o colunista do jornal A Tarde e editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, Wagner afirma que isso se trata de uma grande fake news (notícias falsas) e que não vê a menor hipótese de Lula não ser candidato. 

“A não ser que seja uma questão de saúde”, diz o parlamentar, sobre a possibilidade do ex-presidente não entrar na corrida eleitoral.

“O patrimônio político eleitoral é do presidente Lula. E que, na verdade, até para mim, demonstra uma garra, uma determinação de voltar à presidência não por uma motivação nem de “fígado”, como se diz, de rancor, nem por uma motivação de vaidade, porque a vaidade dele já está muito preenchida com os 8 anos que ele foi. Mas muito mais para corrigir o desatino que entrou no nosso país”, completa.  

Uma pesquisa encomendada pelo Banco BTG Pactual ao FSB Pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (25), mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue líder nas intenções de voto ao Palácio do Planalto neste ano, com 41%. Entretanto, a diferença para Jair Bolsonaro (PL) segue diminuindo, 32%. Uma diferença de nove pontos.   

Grande parte do crescimento do atual mandatário se dá pela saída do ex-juiz Sergio Moro da disputa. Mesmo assim, o senador analisa que esse fato não ameaça o favoritismo de Lula. 

“Eu não vou dizer que a gente vai ganhar no primeiro ou no segundo turno. Isso para mim é precipitação e arrogância. Eu acho que a gente tem que ter a sandália da humildade para caminhar. Nós somos os preferidos nesse momento no primeiro e no segundo turno. Ganhar no primeiro turno pode depender de um voto […] É óbvio que se você tira os votos do Moro, o público do Moro, provavelmente uma ampla maioria, se identifica mais com o atual presidente do que conosco. Por causa dessa coisa do falso moralismo, essas coisas todas. Então para mim se vai agora no primeiro turno pela desistência dele, ou se iria depois lá num eventual segundo turno, porque ele não estaria no segundo turno, tanto faz. É a mesma coisa”, disse.