Em discurso, Geraldo Jr. diz que “forças ocultas” quiseram frustrar seu projeto de ser vice-governador

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Geraldo Júnior (MDB), assinalou que “forças ocultas” fizeram o possível para que o projeto dele, de ser vice-governador, fosse frustrado. “Subestimaram e desprezaram a vontade popular”, disse o emedebista no primeiro discurso após a sua vitória e de Jerônimo Rodrigues (PT), na tribuna da Câmara.

Ele lembrou que a Bahia passará a ser comandada a partir de 2023 por “um indígena, professor e trabalhador”.

O rompimento de Geraldo com o grupo liderado por ACM Neto foi barulhento. Ele, por sua vez, fez questão de falar que não mudou de lado sem que seu antigo grupo soubesse. “Falei que eu ia seguir o que meu partido determinasse. Falei todos os meus passos, mas disseram que era blefe, que éramos desconhecidos. No entanto, só entro numa guerra para vencer”, diz.

Geraldo fez um paralelo entre a forma de condução do grupo do qual ele agora faz parte e do grupo anterior. “Aqui há compartilhamento das decisões. Não é um cacique que diz o que deve ser feito e para que deve ser feito”, alfinetou.

Geraldo  fez uma espécie de balanço à frente do Legislativo soteropolitano. Disse que colocou a Câmara em outro patamar, como poder autônomo, diferentemente de anos anteriores em que a Casa, embora um Poder independente, se comportava  como “apêndice do Executivo”. “Vencemos esse modelo ultrapassado e contei com a colaboração dos 42 vereadores”, assinalou.

Apesar de afirmar que todos devem virar as páginas e desarmar o palanque, Geraldo fez questão de demarcar território ao lembrar que as eleições municipais estão próximas, daqui a dois anos.

O emedebista vai ser peça fundamental na arrumação do palanque que vai rivalizar com o prefeito Bruno Reis (União Brasil).