Eleição do TJ-BA representa voto de confiança para renovação do Tribunal, analisa Eliana Calmon

A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon afirmou nesta segunda-feira (29), em entrevista ao programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra e Bruna Ferraz, que a eleição do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Nilson Soares Castelo Branco, é um voto de confiança para o Tribunal.

“Eu entendi que o Tribunal praticamente deu o voto de confiança a uma ala de grande respeitabilidade. É um homem sério, experiente e que poderá fazer uma grande administração. A corte deu um voto de confiança para uma renovação de um Tribunal que está efetivamente muito desgastado”, afirma.

Segundo ela, esse desgaste se deu, após a Operação Faroeste que atinge em cheio a imagem do judiciário baiano. Ela lembra, que quando integrava a corregedoria, já havia sinalizado que existiam “bandidos escondidos atrás de toga”, no Tribunal da Bahia.

“Eu sabia dos males que assolavam o Tribunal de Justiça da Bahia, não é novidade para ninguém. Era preciso fazer um certa limpeza. Eu tentei fazer, não consegui, o tempo de corregedoria foi muito pequeno, dois anos e não deu para nós fazermos o que precisava fazer. O remédio que foi dado ao Tribunal foi bastante amargo. Possa ser algumas pessoas tenham escapado da Operação Faroeste, mas o Tribunal ficou muito desgastado lamentavelmente. Acompanho a Operação, está na mão de um grande ministro e desta forma eu acho que talvez tenhamos um Tribunal diferente daqui por diante”, finaliza.

Assista a entrevista na íntegra abaixo: