Eduardo Leite admite fusão ou nova federação partidária do PSDB para fortalecer centro
MDB, Cidadania e Podemos estão entre os partidos que podem fazer parte
Principal liderança nacional do PSDB após ser reeleito governador do Rio Grande do Sul no último domingo (30), Eduardo Leite defende que o partido faça oposição ao governo Lula e não descarta uma fusão ou a composição de uma nova federação partidária como alternativa dentro do processo de reconstrução dos tucanos. MDB, Cidadania e Podemos estão entre os partidos que podem fazer parte desta transição.
“Pretendo ir a Brasília na próxima semana para conversar com os líderes do partido para que a gente possa promover um alinhamento e definir os caminhos que serão trilhados, se será federação com algum partido, fusão ou criação de algo novo”, detalhou.
Após governar o país duas vezes com Fernando Henrique Cardoso, o partido elegeu apenas 18 deputados federais na última eleição, contando com os eleitos pelo Cidadania, que fazem parte de uma federação com os tucanos. Em 2018, o PSDB havia conseguido eleger sozinho 29 parlamentares.
Nos estados, os tucanos perderam em São Paulo, após 28 anos no poder, e venceram, no segundo turno, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Mato Grosso do Sul. Essa nova geografia do partido é que faz de Leite, hoje, o principal nome da sigla com mandato e peso determinante no futuro da legenda.
“O resultado que se pretende é o fortalecimento de um campo no centro que esteja associado, seja na forma de uma federação ou se, possível, partindo para a criação de algo novo”, antecipa Leite. Para o gaúcho, é necessário “conciliar agendas, com visão arrojada de economia”.
O governador lembrou que esse novo momento do PSDB é reflexo das prévias do partido, nas quais ele foi derrotado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, para disputar o Palácio do Planalto, candidatura que acabou não se confirmando depois.
Leite classificou São Paulo como “a força e a fraqueza do PSDB”. O gaúcho explicou que “pela força e pela economia que tem, São Paulo acabou drenando a atenção e as energias do partido para o projeto paulista, e consequentemente, maior dificuldade de uma abrangência nacional”.
Agora, com as vitórias nos governos estaduais de Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul, ele vê uma oportunidade de maior equilíbrio de forças, com presença regional distribuída. “A leitura sobre o que era melhor dentro do projeto de São Paulo acabou interferindo na decisão sobre a candidatura nacional. Aqui não é uma crítica, não estou reclamando nem me queixando, é uma análise do que envolveu aquele processo de decisão”.
Além de definir se o caminho do PSDB será federação com algum partido, fusão ou criação de uma nova sigla, os tucanos terão de decidir qual será o posicionamento em relação ao governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Leite defende que o PSDB seja oposição. Ele, inclusive, já avisou que não abrigará petistas no seu governo, apesar do apoio recebido da legenda no segundo turno contra o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL), Onyx Lorenzoni.
“Não me parece fazer sentido que o PSDB participe do governo Lula. Mas acho importante que seja uma oposição responsável e não aquela que simplesmente procura impedir um governo de governar, mas aquela que mantém independência e capacidade de criticar, dando sustentação à democracia. Aqui o PT também não deve participar do nosso governo porque temos uma visão diferente de como o governo deve se organizar”, explicou.
Sobre o fato de não ter revelado seu voto para presidente, reforçou que deve manter a escolha para si por um bom tempo, mas que “não será o sigilo de cem anos”.
Terceira via
Após fracassar na tentativa de se lançar candidato à Presidência da República e ver, mais uma vez, a eleição ficar polarizada entre PT e o bolsonarismo, Leite evita fazer projeções para 2026, quando ele não poderá mais ser candidato à reeleição no Rio Grande do Sul. O tucano, inclusive, acredita que podem despontar novos nomes para representar a 3ª via.
“Política é muito dinâmica. Quem é que está surgindo nessa eleição? Quem emerge e eventualmente poderá ocupar espaço e não está sendo percebido nesse momento? Não sabemos. A bola está rolando e vai continuar rolando nos próximos quatro anos”, afirmou.
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