Eduardo Leite admite fusão ou nova federação partidária do PSDB para fortalecer centro

MDB, Cidadania e Podemos estão entre os partidos que podem fazer parte 


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Bruno Brito 04/11/2022 20:20 Política

Principal liderança nacional do PSDB após ser reeleito governador do Rio Grande do Sul no último domingo (30), Eduardo Leite defende que o partido faça oposição ao governo Lula e não descarta uma fusão ou a composição de uma nova federação partidária como alternativa dentro do processo de reconstrução dos tucanos. MDB, Cidadania e Podemos estão entre os partidos que podem fazer parte desta transição.

“Pretendo ir a Brasília na próxima semana para conversar com os líderes do partido para que a gente possa promover um alinhamento e definir os caminhos que serão trilhados, se será federação com algum partido, fusão ou criação de algo novo”, detalhou.

Após governar o país duas vezes com Fernando Henrique Cardoso, o partido elegeu apenas 18 deputados federais na última eleição, contando com os eleitos pelo Cidadania, que fazem parte de uma federação com os tucanos. Em 2018, o PSDB havia conseguido eleger sozinho 29 parlamentares.

Nos estados, os tucanos perderam em São Paulo, após 28 anos no poder, e venceram, no segundo turno, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Mato Grosso do Sul. Essa nova geografia do partido é que faz de Leite, hoje, o principal nome da sigla com mandato e peso determinante no futuro da legenda.

“O resultado que se pretende é o fortalecimento de um campo no centro que esteja associado, seja na forma de uma federação ou se, possível, partindo para a criação de algo novo”, antecipa Leite. Para o gaúcho, é necessário “conciliar agendas, com visão arrojada de economia”.

O governador lembrou que esse novo momento do PSDB é reflexo das prévias do partido, nas quais ele foi derrotado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, para disputar o Palácio do Planalto, candidatura que acabou não se confirmando depois.

Leite classificou São Paulo como “a força e a fraqueza do PSDB”. O gaúcho explicou que “pela força e pela economia que tem, São Paulo acabou drenando a atenção e as energias do partido para o projeto paulista, e consequentemente, maior dificuldade de uma abrangência nacional”.

Agora, com as vitórias nos governos estaduais de Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul, ele vê uma oportunidade de maior equilíbrio de forças, com presença regional distribuída. “A leitura sobre o que era melhor dentro do projeto de São Paulo acabou interferindo na decisão sobre a candidatura nacional. Aqui não é uma crítica, não estou reclamando nem me queixando, é uma análise do que envolveu aquele processo de decisão”.

Além de definir se o caminho do PSDB será federação com algum partido, fusão ou criação de uma nova sigla, os tucanos terão de decidir qual será o posicionamento em relação ao governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Leite defende que o PSDB seja oposição. Ele, inclusive, já avisou que não abrigará petistas no seu governo, apesar do apoio recebido da legenda no segundo turno contra o candidato do  presidente Jair Bolsonaro (PL), Onyx Lorenzoni.

“Não me parece fazer sentido que o PSDB participe do governo Lula. Mas acho importante que seja uma oposição responsável e não aquela que simplesmente procura impedir um governo de governar, mas aquela que mantém independência e capacidade de criticar, dando sustentação à democracia. Aqui o PT também não deve participar do nosso governo porque temos uma visão diferente de como o governo deve se organizar”, explicou.

Sobre o fato de não ter revelado seu voto para presidente, reforçou que deve manter a escolha para si por um bom tempo, mas que “não será o sigilo de cem anos”.

 

Terceira via

Após fracassar na tentativa de se lançar candidato à Presidência da República e ver, mais uma vez, a eleição ficar polarizada entre PT e o bolsonarismo, Leite evita fazer projeções para 2026, quando ele não poderá mais ser candidato à reeleição no Rio Grande do Sul. O tucano, inclusive, acredita que podem despontar novos nomes para representar a 3ª via.

“Política é muito dinâmica. Quem é que está surgindo nessa eleição? Quem emerge e eventualmente poderá ocupar espaço e não está sendo percebido nesse momento? Não sabemos. A bola está rolando e vai continuar rolando nos próximos quatro anos”, afirmou.

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