Éden minimiza erro de Wagner em entrevista e diz que outros fatores contribuíram para saída do PP da base

O presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, minimizou a fatídica entrevista dada pelo senador Jaques Wagner, na semana passada, sobre as mudanças na base aliada para as eleições deste ano, e que levou o PP a deixar o grupo após 14 anos de parceria.

Para o dirigente, em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na rádio Nova Brasil FM, na manhã desta terça-feira (15), outros fatores teriam levado a decisão de Leão e demais membros da sigla, mas os quais Éden não explicitou.

“Se Leão se sentiu desrespeitado por causa da entrevista na rádio, eu tenho que respeitar. Em outro momento, tivemos que acolher a decisão de Leão em não ser candidato a senador e tivemos também que respeitar. Não me parece que tenha sido por erro de comunicação. Acho que tem mais elementos postos além da crise da entrevista”, disse.

Ataques a Neto

Na oportunidade, Valadares voltou a atacar o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) e aproveitou para alfinetar o PP. Para o dirigente, a sigla deve seguir com o projeto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca à reeleição ao Planalto.

“ACM Neto não pode dar uma de neutro, uma vez que o partido dele, em Brasília, vota com Bolsonaro os projetos no Congresso. Aqui na Bahia, o PP era exceção ao resto do Brasil. Mas, agora, vão embarcar no projeto de Bolsonaro. Não sei dizer o quanto de influência teve do diretório nacional nesta decisão, uma vez que o PP é um dos partidos da base de Bolsonaro”, disse o presidente do PT na Bahia.

“O panorama mudou porque o PP era um partido importante. Mas, não serão tratados agora como inimigos. Eles assumem um novo caminho, vão caminhar com quem dá sustenção formal ou a informal a Bolsonaro. Já nós seguimos projeto do presidente Lula”, completou.

Confira entrevista: