“É um monstrengo em relação ao paisagismo”, diz Hilton Coelho sobre o BRT de Salvador

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), postulante à Prefeitura de Salvador fez reclamações ao BRT, modal implementado pela atual gestão de ACM Neto (DEM), e a suspensão da linha ferroviária do Subúrbio, pelo governador Rui Costa (PT), durante a sabatina realizada em parceria entre a Rádio Globo e o Portal M!.

Para Hilton, o BRT “é um monstrengo em relação ao paisagismo, com concretos horrorosos, além da questão ambiental, em que Salvador terá que, no futuro, retirar os tampos dos rios. Não resolve nem contribuiu para a mobilidade”.

Ainda segundo o candidato do PSOL, este modal de carros individuais “é defasado. A obra orçada em R$ 1 bilhão tem um indício de R$ 54 milhões de superfaturamento”. Se eleito, o deputado estadual garantiu audiências públicas como processo decisório e tarifa zero para estudantes e desempregados.

“Obra de interesse de grupos privados que não vai prosperar na minha gestão. Vamos fazer uma grande conferência para discutir todos os modais, de forma democrática, com representações de bairros. A prefeitura fez cortes de inúmeras linhas de ônibus e isso só deveria acontecer com uma audiência publica. A Prefeitura cortou linhas da periferia para o centro da cidade. É subordinada aos empresários”, declarou. 

Hilton também criticou o governador da Bahia, Rui Costa (PT), em relação a suspensão da linha ferroviária para a implantação do VLT.

“O governador Rui Costa está ameaçando parar o trem do Subúrbio. O trem custa R$ 0,50 e vai colocar um transporte que custa R$ 4 com dois anos de suspensão de nosso trem para arrancar os trilhos, retirando a malha ferroviária”, disse.

“A palavra chave para o transporte público é transparência e nós queremos saber os gastos e lucros. As empresas concessionárias têm a concessão pública e não apresentam a tabela de custos. Salvador é a terceira tarifa mais cara do país. Ônibus sujos e não existe nenhuma transparência no setor. Precisamos colocar os pés no chão e não ter relação de subordinação, como aconteceu na pandemia, em que a prefeitura teve que colocar o transporte reduzido e o povo exprimido nos veículos”, concluiu.