Doria consegue atenção do país após “vai e vem” nesta quinta-feira, diz coluna

O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deixou para a última hora a decisão de se manter ou não na corrida pelo Palácio do Planalto. Nesta quinta-feira (31), em entrevista coletiva, ele ratificou que vai deixar o Executivo paulista para tentar ser Presidente da República.

De acordo com o colunista Matheus Leitão, da revista Veja, no mesmo dia em que ameaçou deixar a candidatura à presidência, Doria testemunhou – não por acaso – Sérgio Moro abandonar o Podemos e a pré-candidatura presidencial. Ele se filiaria horas depois ao União Brasil.

“O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido e, assim, facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única”, explicou Moro, em nota.

Já em discurso, Doria fez a seguinte afirmação: “Vamos construir a melhor via para os brasileiros. Vamos vencer o populismo, a maldade, a adversidade e a corrupção”. O pai da vacina no Brasil ainda fez questão de criticar Lula (PT) e Bolsonaro (PL) e dizer que eles angariam votos pela rejeição, um contra o outro, e não pela aprovação.

Com a movimentação de ontem, Doria conseguiu a atenção do país, manteve a promessa com Rodrigo Garcia, que agora governará São Paulo, e tirou a sombra não só de Leite no ninho tucano, mas também de Moro, que liderava o segmento centrista.