Doria chama Bolsonaro de “facínora”, e presidente reage: “Não é homem”
Governador de São Paulo, que se elegeu na onda bolsonarista de 2018, convoca a população a se manifestar por meio de panelaços
Diante do colapso do sistema de saúde de Manaus (AM), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou, nesta sexta-feira (15), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um “facínora” e defendeu que os brasileiros reajam contra o Governo Federal sem se aglomerar em manifestações de rua. Ele disse ser favorável ao panelaço convocado para logo mais, às 20h30, pelas redes sociais.
A declaração foi dada à tarde, em São Paulo, em encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Casa, que tem como adversário Arthur Lira (PP-AL), aposta do Centrão e de Bolsonaro na disputa eleitoral do Congresso.
“Um governo sem rumo, sem plano, sem meta e, principalmente, sem coração. Será que o Brasil, que já se mobilizou nas ruas pela mudança das Diretas Já, outros movimentos cívicos importantes, vai continuar e não vai reagir? Reaja Brasil, reaja Congresso Nacional, reajam governadores, reajam prefeitos, reajam dirigentes sindicais, reajam formadores de opinião. Ampliem a reação da imprensa, um dos poucos segmentos do país que tem se mantido a contrapor-se ao facínora [quem executa um crime com crueldade] que governa o país”, conclamou Doria.
Na tarde desta sexta, Bolsonaro rebateu o governador paulista. Em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, da TV Band, o presidente criticou as ações de Doria no combate à pandemia de Covid-19. “Ele quer jogar a responsabilidade para cima de mim? Será que ele tem coragem, que homem ele não é, nós sabemos que esse pilantra não é homem”, afirmou.
O presidente se defendeu das acusações de Doria e também o atacou. “Com palavras de baixo calão, como esse governador está falando, me chamando de facínora, isso é coisa de irresponsável. É um cara que está morto politicamente em São Paulo. Ele não sai na rua em São Paulo. Não vai na padaria comprar um pão, não vai na praia. Não tem mais prestígio para absolutamente nada. Agora está em um desespero para me atingir”, disse, lembrando que Doria usou seu nome durante a campanha para se eleger governador paulista em 2018.
Mentira sobre STF
Ainda na entrevista à Band, Bolsonaro mentiu, ao dizer ter sido proibido de adotar “qualquer ação” contra o coronavírus. Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou a autonomia de estados e municípios para adotar medidas de isolamento social e definir quais atividades serão suspensas, mas não tirou do Governo Federal o poder para atribuições relativas à pandemia.
“Só Deus me tira daqui. Me tirar na mão grande não vão tirar. Vou repetir aqui: que moral tem João Doria e Rodrigo Maia em falar em impeachment se eu fui impedido pelo STF de fazer qualquer ação contra a pandemia?”, afirmou Bolsonaro, em entrevista a José Luiz Datena.
Não é a primeira vez que o chefe do Executivo se declara impedido de adotar ações de combate à pandemia, colocando na conta do Supremo a responsabilidade pelas decisões.
Em junho passado, a ministra do STF Cármen Lúcia explicou que o entendimento da Corte é de que o Governo Federal não pode interferir nas decisões locais, já que governadores e prefeitos entendem melhor as necessidades de suas respectivas regiões. Isso não significa que a União não possa adotar medidas de abrangência nacional.
“O que o Supremo disse é que a responsabilidade é dos três níveis [federativos] – e não é hierarquia, porque na Federação não há hierarquia – para estabelecer condições necessárias de acordo com o que cientistas e médicos estão dizendo que é necessário, junto com governadores, junto com prefeitos”, explicou a ministra Cármen Lúcia.
* Com informações do Portal UOL.
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