Deputado do PT bate em colega e usa termo homofóbico contra Nikolas

Confusão começou quando Quaquá estava filmando Messias Donato (Republicanos) e alegou ter sido impedido de gravar

Bruno Brito 20/12/2023 22:00 • Política

Na sessão de promulgação da reforma tributária, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado Washington Quaquá (PT-RJ) se envolveu em uma grande confusão. Ele utilizou um termo homofóbico ao se referir ao colega Nikolas Ferreira (PL-MG), chamando-o de “viadinho”. Além disso, desferiu um tapa na cara de Messias Donato (Republicanos-ES). As informações são do Portal UOL.

O problema teve início quando Quaquá estava filmando Donato e alegou ter sido impedido de gravar. A partir disso, o petista dirigiu ofensas homofóbicas a Nikolas enquanto se encaminhava para o embate com Donato. O episódio escalou rapidamente, não dando tempo para outros parlamentares intervirem.

Quaquá justificou sua reação, alegando ter sido empurrado e impedido de registrar a cena. Confirmou que a confusão teve início devido a vaias direcionadas a Lula. Após a agressão, o deputado do PT se afastou, mas permaneceu no plenário. Seguranças intervieram, posicionando-se entre as bancadas da esquerda e da direita.

Enfrentando gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” e sendo xingado de cachaceiro por parlamentares de oposição, Quaquá elevou o celular para registrar a atitude dos colegas. Ele anunciou a intenção de entrar com uma representação na Comissão de Ética. O episódio gerou um aglomerado de deputados da oposição e governistas, culminando na agressão.

Ao justificar sua atitude, Quaquá afirmou: “Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultradireita, e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”.

Partido Republicanos presta solidariedade

Após o episódio, o líder do Republicanos, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) classificou o tapa como “lamentável incidente”. Em nota, o partido também falou em solidariedade ao deputado Donato e cobrou providências por parte da Câmara dos Deputados.

“É inaceitável que atos de violência encontrem espaço em nossa democracia”, afirmou Motta.