De pai para filho: carreira na política se torna legado entre João e Cacá Leão
Ao Portal M!, pai e filho falaram sobre a relação entre ambos e de como a política sempre esteve presente nos momentos entre eles
Por muito tempo, profissões serem passadas de pai para filhos era extremamente comum. No entanto, hoje em dia, embora os casos não sejam mais tão recorrentes, ainda existem alguns exemplos em que a vocação foi passada de geração para geração, refletindo a passagem de um legado de anos de dedicação à política.
Um desses exemplos dessa passagem de bastão foi feita pelo vice-governador João Leão (PP) para seu filho, o deputado federal e candidato ao Senado, Cacá Leão (PP).
Segundo João Leão, tudo começou quando Cacá ainda era muito pequeno, com três anos de idade e já demonstrava ser muito inteligente. “Eu criava cavalo, tinha um haras em Coração de Maria e Cacá lembrava o nome de todos os cavalos e de todas as gerações deles, dos pais, avós, bisavós. Então ele sempre foi muito concentrado, e eu queria que ele assumisse as empresas que tinha, o colocar como um grande gestor”, disse em entrevista ao Portal M!.
No entanto, o vice-governador explica que o início na vida de Cacá na política se deu de maneira natural, convivendo com os diálogos políticos que ocorriam em sua residência quando ainda era prefeito de Lauro de Freitas, na década de 80.
“Cacá tem a história da vida dele na política. Ele nasceu na política, me vendo atender as pessoas. Ele entrou na vida política, assim como foi com Neto, que quando nasceu, seu avô ACM, o balançava no berço com a perna enquanto atendia as pessoas. O mesmo foi com Cacá. É aquela velha história, o filho do médico quer seguir a profissão, filho do engenheiro a mesma coisa, o filho do pedreiro e o filho do político, a mesma coisa”, afirmou.
Lembranças
Nos tempos de prefeito em Lauro, João Leão lembra também de quando recebia os vereadores em sua casa e já ali, Cacá demonstrava ter aptidão para a política, muitas vezes, acenando medidas que o edil deveria tomar.
“Se eu ia atender um vereador em casa, Cacá sentava na mesa e ia dando os ‘pitacos’ dele, no que o vereador deveria fazer. Quando fui para deputado, ele e Felipe, meu outro filho, viajavam junto comigo. Se eu ia para as comissões, Cacá ia junto. Então foi uma tendência natural dele”, lembrou.
O vice-governador e candidato a deputado federal recorda-se ainda, das idas para a Câmara dos Deputados, em que Cacá preferia visitar as Comissões ao invés de ir à cinemas, por exemplo.
“Eu ia para a Câmara dos Deputados e ao invés dele quer ir ao cinema ou algo do tipo, ele ia para a Comissão de Orçamento conversar com os técnicos, saber como era o orçamento, como funcionavam as coisas. Tanto que quando ele se elegeu, os técnicos diziam que havia chegado alguém que entendia dos orçamentos, justamente porque aprendeu com eles”, relembrou.
Orgulho
Leão destaca que sente muito orgulho e cita o dia da Convenção do União Brasil, realizada no último 5 de agosto, que oficializou a candidatura de Cacá ao Senado, como um dos momentos mais emocionantes na relação de ambos na política.
“Ele me dá muito orgulho. No dia da Convenção eu chorei, porque vi ali o meu feito. O pai de Neto, ACM Júnior também. Os discursos de ambos fizeram com que nós ficássemos emocionados. Então, nós ficamos felizes que criamos nossos filhos, onde temos orgulho de dizer ‘tomem conta da Bahia'”.
Outro ponto destacado pelo vice-governador foi a relação atual de ambos. Segundo João Leão, mesmo após tantos anos política, Cacá é quem é seu principal consultor e quem o ajuda em diversas vezes.
“Cacá é meu consultor, entende mais do que eu de política. Quando tenho dúvidas sobre determinado assunto, é ele que eu procuro e ele me dá uma aula. Ele é concentrado em tudo que faz”, afirmou.
“Tanto Cacá como Felipe são os dois amores da minha vida. Felipe hoje está cantando e, coincidentemente, o grande ídolo dele não sou eu, mas o irmão, Cacá. Não tenho dúvidas de que Cacá e Felipe são minhas maiores conquistas”, completou.
O orgulho se estende também de Cacá para seu pai, que o tem como o “maior exemplo de homem público”. Segundo o candidato ao Senado, apesar de estilos diferentes de fazer política, os dois são confidentes.
“Ele é o meu maior exemplo de homem público. Conversamos muito, apesar de termos estilos diferentes de fazer política, a gente se respeita e conversa muito. Eu estou sempre procurando ouvir ele, até porque é uma carreira muito mais longa e é sempre bom estar ouvindo-o e me aconselhando com ele”, disse Cacá, em entrevista ao Portal M!.
Momento marcante
Se para o pai, o momento mais marcante foi a Convenção, para Cacá foi o início na política que mais o marcou. Ele também lembra de uma frase dita por João Leão em 2010, assim que foi eleito deputado estadual pela primeira vez.
“Logo quando me elegi deputado estadual, lembro que ele me chamou para conversar e me disse: ‘você agora é responsável por realizar o sonho das pessoas, escute quais são os sonhos das pessoas, para você trabalhar para realizá-los’. Isso é uma coisa que carrego dentro de mim. Foi um conselho que ele me deu e que eu carrego comigo”, lembrou.
Já ao lembrar da infância, Cacá ressaltou que a política sempre esteve presente na sua vida, praticamente, desde o seu nascimento. No entanto, as primeiras demonstrações de que seguiria esse caminho, vieram apenas na adolescência, quando começou a participar de movimentos de política estudantil no colégio e na faculdade, participando de diretório acadêmico.
“A política sempre esteve presente dentro da minha vida, dentro da minha casa, praticamente nasci. Meu pai foi candidato a primeira vez, se não me engano, eu tinha cinco anos de idade, em 1985. Com o passar dos anos, a política foi tomando conta da minha vida aos poucos. Mas, sempre ela se fez presente e acabou que, em 2004, disputei minha primeira eleição em Lauro de Freitas para prefeito. Acabei perdendo e a partir dali, entrei na política de vez, de cabeça. Depois fui eleito deputado estadual e duas vezes como deputado federal”, afirmou.
Mas, se engana quem acredita que essa influência se deu apenas na infância de Cacá. De acordo com ele, até hoje é possível observar um cenário semelhante ao que via quando era criança, com diversas pessoas circulando e debatendo política na casa de seu pai.
“A política sempre esteve presente dentro de casa. Até hoje meu pai é aquele político de casa cheia, que atende as pessoas dentro de casa. Toda vez que vou lá, temos o movimento de pessoas e com essa facilidade e portas abertas, acabamos sempre vivendo coisas que despertam em nós o interesse. Eu faço política cuidando de gente, para melhorar a vida das pessoas, então é um sentimento que sempre esteve presente na minha vida e que procuro exercer da mesma forma hoje, através dos nossos mandatos”, destacou Cacá.
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