Dayane Pimentel defende inocência de Jair Bolsonaro, mas diz não ter a mesma opinião sobre Flávio

Diante das denuncias sobre o suposto esquema de “rachadinhas” e relações de familiares com esquema de criminosos, a deputada Dayane Pimentel (PSL-BA), defendeu o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido- RJ), e disse acreditar na sua inocência. No entanto, a mesma opinião não se aplica com ao filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (Sem Partido-RJ). As declarações foram dadas hoje durante entrevista na rádio Metrópole.
 Ainda durante entrevista, a deputada ratificou que  “Eu acredito na inocência do Bolsonaro, mas não acredito na inocência do Flávio. Não é achismo. É aquilo que o MP faz. Se eu não confiar no MP, vou confiar em quem? Acho que isso se deu ao poder, mas também por pessoas que não sabem aconselhar Bolsonaro. Advogados de pessoas do PT estão o aconselhando de forma totalmente errônea. Ele pode errar, mas ele precisa estar próximo de pessoas boas. Ele não está ao lado de quem o ajudou dois anos atrás”.
Para ela, um suposto desentendimento entre o ministro da Justiça Sergio Moro e Jair Bolsonaro pode perder uma grande parcela de apoio da população. 
“As pessoas costumam abraçar segurando uma faca por trás. Relações políticas são falsas e hipócritas. Aprendi no convívio dos parlamentares, tanto nos baianos como dos outros colegas, que você pode ter amigos e falsos amigos. Hoje eu aprendi a admirar algumas figuras porque entendo que possuem essa compostura de entender um jogo político”, disse Dayane Pimentel.
“Se o Bolsonaro faz essa divisão, ele perde um apoio grande. Mas ele é esperto, ele joga a ideia no ar para depois a população se posicionar”, acrescentou.

Operação MP

O senador foi alvo de operação do Ministério Público do Rio de Janeiro. A ação teve como objetivo a busca e apreensão em endereços de 24 ex- assessores de Flávio. Entre eles, estão Fabrício Queiroz, ex-chefe de segurança de Flávio e seus familiares, além de parentes, como Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Bolsonaro. Segundo o MP, Flávio chefia uma organização criminosa especializada em desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro, e pelo menos 13 assessores repassaram parte de seus salários ao ex-assessor dele, Fabrício Queiroz.
Ainda segundo os promotores, Fabrício Queiroz “arrecadou grande parte da remuneração de funcionários fantasmas do então deputado estadual Flávio Bolsonaro”. Foram 483 depósitos na conta bancária, mais de R$ 2 milhões.