Crise da terceira via: Doria fala em “golpe” para tirá-lo das eleições

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato a presidente da República, João Doria (PSDB), denunciou à presidencia da lengenda, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), sobre uma posspivel “tentativa de golpe” dentro do partido para retirá-lo da corrida presidencial e declarar apoio ao MDB da senadora Simone Tebet (MS), na corrida eleitoral, que corteja o tucano como vice de sua chapa, numa tentativa de construção unificada da chamada terceira via. Em meio a tensão da ‘terceira via’, Bruno marcou uma reunião emergência da Comissão Executiva Ampliada para terça-feira, em Brasília.

Em uma carta de sete folhas, Doria e seu advogado Arthur Luís Mendonça Rollo, apontam como manipulação do golpe os critérios como a má colocação nas pesquisas e altos índices de rejeição além de “movimentações do presidente nacional que criam insegurança jurídica”. “Apesar de termos vencido legitimamente as prévias, as tentativas de golpe (contra a candidatura) continuaram acontecendo. As desculpas para isso são as mais estapafúrdias, como, por exemplo, a de que estaríamos mal colocados nas pesquisas de opinião pública e com altos índices de rejeição, cinco meses antes do pleito”, disse Doria. 

Nos primeiros dias do mês de maio uma pesquisa feita pelo Instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), apontou que Doria saltou de 1,8% das intenções de voto em fevereiro para 3,1% em maio, ficando tecnicamente empatado com o presidenciável Ciro Gomes (PDT). Enquanto isso, segundo a pesquisa, Simone saltou de 0,6% para 2,3% no mesmo período, ficando empatada com Doria dentro da margem de erro.

O senador Tasso Jereissati (CE) e o deputado federal Aécio Neves (MG), vozes mais influentes da oposição ao pré-candidato João Doria, declararam que o PSDB pode seguir com candidatura própria, sem se aliar ao MDB da senadora Simone Tebet (MS), na corrida eleitoral.

*Com informações do Correio Braziliense