Centrão usa cidades pequenas para garantir força eleitoral
Desde 2010, deputados federais do bloco conquistaram votos em 95% de todos os municípios do País
Um levantamento feito nas últimas semanas, pelo jornal Estado de S.Paulo, revelou que o Centrão, grupo de partidos que dá base de sustentação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), tem votos em quase todos os municípios e que 1.294 deles elegem prioritariamente deputados federais desse campo político.
Desde 2010, os deputados federais do Centrão tiveram votos em 5.298 municípios brasileiros – ou seja, em 95% de todas as cidades do País, espalhadas nas 27 unidades federativas.
A força do bloco é também um fenômeno consistente no tempo: desde 2010, o grupo teve 22,1% dos votos para deputado, em média, em todo o Brasil. Em 2018, os sete partidos do grupo tiveram, juntos, quase um quarto (24%) dos votos para a Câmara.
A campeã neste sentido é a pequena Maranhãozinho, no interior do Maranhão, de apenas 14 mil habitantes. Nas eleições de 2010, 2014 e 2018, a cidade deu 74,6% dos votos para deputados federais e partidos do grupo político. Na última, o deputado mais votado foi Josimar Maranhãozinho (PP), com 83,5% da preferência.
Recentemente, ele foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sob a suspeita de desviar verbas do orçamento secreto destinadas à Saúde – o deputado nega as acusações.
Em segundo lugar está Guararema, município da Região Metropolitana de São Paulo, base eleitoral do deputado Márcio Alvino (PL).
No estado de Goiás, três cidades se destacam: Gameleira de Goiás, Marzagão e Jesúpolis estão entre os 10% dos municípios do País que mais elegem candidatos do bloco. Nas três localidades, o mesmo cenário: os votos vão para os deputados federais que têm apoio dos prefeitos.
Rejeição ao ‘fisiologismo’
Um dos principais líderes do Centrão, Ciro Nogueira afirmou que o PP é um partido de centro-direita, mais do que representante do bloco.
“Eu milito na política, com mandato, desde 1994. Nunca foi aprovado nada no Congresso Nacional, nenhuma tese prosperou no País, sem o apoio dos partidos de centro”, disse ele ao Estado de S.Paulo.
O agora ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro também rejeita a ideia de que o grupo só se movimente por interesses fisiológicos.
“Um exemplo bem claro, que tira essa pecha de fisiologismo, foi o que aconteceu no governo do presidente Jair Bolsonaro. Nós começamos, e não foi só o Progressistas, a apoiar o governo muito antes de qualquer técnico do nosso partido ser escolhido para ministérios ou para cargos públicos. E em momento nenhum mudou essa relação de apoio por conta desses cargos.”
Outro líder do Centrão que critica o rótulo é o deputado Marcos Pereira (SP), bispo da Igreja Universal e presidente nacional do Republicanos.
“O termo ‘Centrão’ é uma tentativa infantil de rotular alguns partidos que atuam como centro moderador. Não é um grupo, nem uma coligação, nem uma entidade formal”, disse Pereira à publicação paulista.
Segundo ele, sem um “centro moderador” na política, o Brasil cairia no “radicalismo” e no “extremismo”.
“Eu falo pelo Republicanos. Muitas pessoas que julgam ou rotulam o partido o fazem ou por preconceito ou por desconhecimento. Temos contribuído de forma efetiva para o desenvolvimento do Brasil em diferentes frentes”, completou.
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