Candidata a vereadora é presa no interior do RJ após desacato em delegacia

A candidata a vereadora em Resende, interior do Rio de Janeiro, Leda Mota (PCdoB), foi presa por suposta “interrupção de serviço público” ao se exaltar na delegacia da Polícia Civil enquanto denunciava ter sido vítima de violência doméstica. O fato ocorreu na última quinta-feira (22).

Ela foi agredida pelo companheiro, com quem vive há mais de 20 anos, na manhã do mesmo dia. O homem, que foi preso por policiais militares, quebrou uma cadeira e uma mesa de vidro, na frente das filhas.

Após a prisão do companheiro, Leda Mota foi à delegacia de Resende para prestar depoimento, mas acabou sendo presa por “interrupção de serviço público”. Ela teria se exaltado no local e, segundo os delegados, causou um “verdadeiro tumulto”.

Quem se manifestou contra a prisão de Leda foi a deputada Jandira Feghali (PCdoB). A parlamentar afirmou que a mulher não poderia ter sido presa, pois fere os artigos 10, 11 e 12, sobre acolhimento à vítima, da Lei Maria da Penha.

“Ela foi à delegacia e o delegado veio falar com ela, mas ela disse que não queria falar com um homem. Só que o delegado entrava na sala e perguntava várias vezes se queria mesmo fazer a denúncia. Então, ela se exaltou e perguntou se ele era surdo”, conta Feghali, em entrevista ao portal Metrópoles.