Bruno Monteiro é confirmado como novo secretário de Cultura da Bahia; confira perfil

Apesar do orçamento exíguo, o comando da Secretaria de Cultura (Secult) foi o que mais gerou polêmica entre as indicações do governador diplomado da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).

O anúncio de Bruno Monteiro para assumir a Secult não cessou a gritaria. Diversas pessoas –  agitadores culturais, artistas e produtores – não pouparam críticas à escolha de Bruno, até então conhecido apenas como assessor de imprensa do senador Jaques Wagner (PT).

No entanto, o jornalista é mais do que isso é tem uma história ligada à cultura que o credencia ao cargo.

Bruno é  produtor e gestor cultural. Coordenou a produção do documentário Democracia em Vertigem, dirigido por Petra Costa e indicado ao Oscar 2020.  Nele, é retratado os bastidores do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT); o julgamento de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); além do pleito de 2018, no qual Jair Bolsonaro (então PSL, atual PL) saiu vitorioso na disputa com Fernando Haddad (PT).

Gaúcho de Porto Alegre, Bruno Monteiro foi muito criticado por ser um ‘forasteiro’. Não faltou  xenofobia nos comentários nas redes sociais enquanto Jerônimo anunciava seu auxiliar.

Diante da polêmica, o governador diplomado pediu paciência ao segmento cultural para dialogar com o futuro secretário da pasta.

Estrela da axé music nos anos de 1980, Sarajane também fez críticas e questionou de onde e como Bruno havia sido escolhido.

Nesta terça-feira (27), associações de produtores sugeriram três pessoas para comandar a Secult. Enviaram ofício com os nomes de Maria Marighella, Pola Ribeiro e Orlando Sena.

Uma minibiografia divulgada à imprensa pela comunicação de Jerônimo mostra que Bruno foi chefe de gabinete de dois Ministérios (Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres) e assessor especial da Presidência da República no governo Dilma Rousseff. Como produtor, atuou com  artistas importantes como o cantor e compositor baiano Caetano Veloso.